Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Inédito: Seis equipas Portuguesas nas fases de grupos

Com o apuramento do Sporting para a fase seguinte da Liga Europa, Portugal terá seis equipas nas fases de grupos das competições europeias, algo inédito no futebol português.

Desta forma, FC Porto, Benfica e SC Braga vão representar Portugal na Liga dos Campeões, enquanto Académica, Sporting e Marítimo conhecerão esta sexta-feira os respetivos adversários na fase de grupos da Liga Europa.

Portugal nunca teve mais de quatro equipas na fase de grupos, desde que a UEFA formatou a Taça UEFA, agora Liga Europa, nesse formato, em 2004/2005, ano em que o Sporting chegou à final dessa competição.

Em 2009/2010, Portugal contou com três equipas na fase de grupos da Liga Europa - Benfica, Sporting e Nacional -, mas apenas o FC Porto na Liga dos Campeões. 


in A Bola

Goleada Leonina frente ao Horsens

Wolfswinkel madrugou para quebrar o «jejum».


 A figura: Ricky van Wofswinkel
O holandês ainda não recuperou completamente o sorriso. Talvez esteja ressentido pelas dúvidas que os primeiros três jogos suscitaram, junto dos adeptos, mas a verdade é que se reencontrou com os golos. E logo em dose dupla. No ano de estreia em Alvalade só tinha marcado em setembro, mas agora conseguiu antecipar os festejos.

O momento: a primeira vantagem da época
Estavam cumpridos apenas oito minutos quando Ricky van Wolfswinkel inaugurou o marcador, em Alvalade. Um golo importante para o holandês, que ainda não tinha festejado em 2012/13, e para a própria equipa, que pela primeira vez esta época se viu em vantagem.

Outros destaques:

Carrillo
Sai beneficiado com o adiantamento no terreno de Elias, que lhe dá maior liberdade. Pode procurar posições interiores com maior frequência, que o brasileiro faz o movimento inverso, para além das ocasiões em que Cédric também procura subir com rigor. Ganha também mais soluções de passe, evitando-se assim que insista em excesso nos «sprints» pela linha. Logo aos quatro minutos ofereceu um golo feito a Elias, que este desperdiçou, e na segunda parte marcou um golo fantástico, com um remate forte e colocado, de fora da área, ao ângulo superior direito da baliza do Horsens.

Elias
Só tem a ganhar com uma maior proximidade da área. Mais em linha com Adrien, mas ligeiramente descaído à direita, o brasileiro conseguiu estabelecer uma ligação sólida com Wolfswinkel e com Carrillo. E assim fica mais perto do golo, que alcançou ao minuto 63.

Boulahrouz
O defesa holandês tem sido um dos elementos mais regulares do Sporting, neste início de época. Nesta receção ao Horsens esteve muito sólido, uma vez mais, mas sem muito trabalho defensivo até teve a possibilidade de dar uma ajudinha no ataque, com uma grande assistência para o tento inaugural, do compatriota Wolfswinkel.

Ronnow
A equipa dinamarquesa surpreendeu, na verdade, com a réplica dada em casa, mas na visita a Alvalade revelou todas as suas limitações. Ronnow foi, ainda assim, o elemento que mais perto esteve do nível exibido na primeira mão. O guarda-redes do Horsens nada podia fazer para evitar os cinco golos, e ainda teve duas intervenções de grande nível, a evitar uma derrota ainda mais pesada. 

in Mais Futebol

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Liga dos Campeões: Equipas conhecem hoje adversários

Concluídos os jogos do play-off, todas as 32 equipas que vão disputar a fase de grupos da Liga dos Campeões já sabem em que pote estarão no sorteio desta quinta-feira, a realizar-se no Mónaco.

Recorde-se que o FC Porto estará no pote 1, dos cabeças de série. Benfica e SC Braga estarão no pote 2. Equipas do mesmo pote não podem ficar no mesmo grupo.

Composição dos potes para o sorteio da fase de grupos:

Pote 1

Chelsea
Barcelona
Manchester United
Bayern Munique
Real Madrid
Arsenal
FC Porto
Milan

Pote 2

Valência
Benfica
Shakhtar Donetsk
Zenit
Schalke 04
Manchester City
SC Braga
Dínamo Kiev

Pote 3

Olympiakos
Ajax
Anderlecht
Juventus
Lille
Spartak Moscovo
PSG
Galatasaray

Pote 4

Celtic
Dortmund
BATE Borisov
Dínamo Zagreb
Cluj
Málaga
Montpellier
Nordsjaelland 



in A Bola

Real Madrid conquista Supertaça de Espanha

O Real Madrid conquistou hoje a primeira vitória  e o primeiro troféu da época, a Supertaça Espanhola de futebol, ao vencer  em casa o rival FC Barcelona, reduzido a 10 unidades desde os 28 minutos,  por 2-1. 

 O conjunto comandado por José Mourinho, e com o regressado Pepe e Cristiano  Ronaldo no "onze", esteve a vencer por 2-0 e "ameaçou" a goleada, mas, com  "medo" dos 10 catalães, esteve várias vezes em risco de sofrer o empate,  que lhe custaria a competição, na segunda parte, após o desaire por 3-2  em Nou Camp. O argentino Gonzalo Higuain (11 minutos) e Cristiano Ronaldo (19) marcaram  para os "merengues", enquanto o inevitável Lionel Messi resgatou o "Barça"  para o jogo, na transformação perfeita de um livre direto (45), indefensável  para Casillas. 

Na segunda parte, o Real Madrid nem parecia que estava a jogar contra  10 e o FC Barcelona poderia mesmo ter restabelecido a igualdade, por Pedro  (duas vezes), Jordi Alba, Montoya e Messi, as duas últimas já aos 90+2 minutos.
O Real Madrid também teve algumas oportunidades, mas correu, indiscutivelmente,  riscos em demasia: ainda assim, e depois de um empate e uma derrota, para  a Liga, e o desaire em Nou Camp, lá conseguiu, com sofrimento, o primeiro  triunfo da época.   
O FC Barcelona entrou, aparentemente, a dominar, mas, logo aos sete  minutos, o Real Madrid criou a primeira oportunidade, com Marcelo a isolar  Higuain e Valdés a salvar, de pé esquerdo.  O argentino cumpriu a ameaça aos 11 minutos, ao dar o melhor seguimento,  isolado, a um "balão" de Pepe, que o seu compatriota Mascherano não conseguiu  anular, numa falha "imperdoável". 
O Real Madrid ganhou ascendente e passou a sufocar os catalães, com  Cristiano Ronaldo, após mais uma falha da defesa contrária, agora de Piqué,  a conseguir isolar-se e a bater Valdés, aos 19 minutos, repetindo o golo  de Nou Camp. 
Aos 22 minutos, Valdés voltou a salvar perante o isolado Higuain, mas,  aos 28, as coisas ficaram mesmo ainda piores para o "Barça", face ao vermelho  direto mostrado a Adriano, que era o último defesa quando carregou Cristiano  Ronaldo. 
O avançado argentino ainda teve uma nova oportunidade flagrante, mas  permitiu o corte de Mascherano, e, quase em "cima" dos 45 minutos, Lionel  Messi, quem mais, devolveu a "vida" ao "Barça", na marcação perfeita de  um livre direto. 
O Real Madrid ainda tentou voltar a ganhar dois golos de vantagem no  final da primeira parte, mas Ronaldo e Di Maria não marcaram, e, a segunda  parte, começou diferente, com os "merengues" expectantes. 
A formação de Tito Vilanova aproveitou essa postura para se instalar  no meio-campo contrário e, mesmo com 10, esteve duas vezes muito perto da  igualdade, com Pedro a isolar-se e Casillas a salvar, aos 62 e 64 minutos.
O Real Madrid sentiu o perigo e voltou a equilibrar as operações, com  Khedira a estar perto do terceiro aos 69 minutos, valendo ao "Barça" nova  defesa de Valdés. Aos 76 minutos, voltou a aparecer o "génio" de Messi, que, como um passe  fantástico, isolou Jordi Alba: este surgiu como um "foguete" nas costas  da defesa contrária, mas não dominou bem a bola e perdeu a oportunidade  de bater Casillas. 
Na resposta, aos 80 minutos, Higuain acertou no poste esquerdo e, aos  89, Modric, em estreia, e Ronaldo também poderiam ter marcado, mas os últimos  minutos foram de grande aflição. 
Já dois minutos depois da hora, Messi tirou da "cartola" mais um passe  fantástico, ao qual Montoya, na "cara" de Casillas, não conseguiu dar a  melhor sequência, e, pouco depois, o argentino ainda rematou... muito pouco  ao lado do poste direito. 
A Supertaça acabou por ficar em casa, sendo a terceira conquista de  Mourinho nos "merengues", após a Taça do Rei de 2010/2011 e a Liga espanhola  de 2011/2012. 
 
Lusa
 
in Sic Notícias Online

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sp. Braga vence Udinese e faz história

Ruben Micael virou o jogo, a eliminatória e Maicosuel brincou com os milhões.

Uma partida tremenda, numa montanha russa de emoções de futebol no Friuli, em Itália, onde o Sp. Braga acabou por garantir a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões. A brincadeira de Maicosuel, nos penalties, custou mais de 8 milhões de euros à Udinese, mas lançou a formação portuguesa para mais uma brilhante epopeia europeia. Depois de Sevilha, há Udine, depois de Mateus e Lima, há Ruben Micael, o homem que mudou o jogo e a eliminatória a favor dos minhotos. Portugal volta a ter três equipas na Liga dos Campeões!

Os minhotos pisaram o relvado em desvantagem, trazida de Braga por esse golo de Dusan Basta. Ainda assim, o ascendente inicial foi todo para a equipa de Peseiro. E refira-se o nome do treinador porque o Sp. Braga apresentou-se com posse de bola, circulação, como o técnico prometera fazer, quando chegou ao Minho.

Essa capacidade minhota em ter a bola levou o Sp. Braga para junto da área italiana. Era preciso recuperar o que se perdera em casa e logo aos 9 minutos Lima estava na cara de Brkic, isolado por um passe mágico de Mossoró. Brkic aparecu pela primeira vez na noite e evitou o golo bracarense. Uma imagem que ia ser constante durante todo o encontro.

O desperdício de Lima teve consequências. Com italianos, o preço a pagar por aquele minuto 9 foi previsível. Dusan Basta invadiu a área de Beto, quando havia domínio minhoto, deu um pontapé para trás das costas e, ao fundo, ao segundo poste, Armero fez o 1-0, de cabeça. Havia 25 minutos e até final do primeiro tempo nunca mais se viu as cores minhotas por cima do encontro.

Era preciso tombar o gigante

Era preciso reanimar a equipa. Dar-lhe fôlego, não deixá-la ficar ligada à máquina, porque um golo no Friuli deixava tudo igual. Peseiro tirou Ruben Amorim e lançou Micael. E o segundo tempo foi encarnado e branco, com o madeirense a ficar debaixo de todos os holofotes do Friuli.

O segundo tempo foi soberbo! Braga ao ataque, Braga com a bola. Bola para a esquerda, bola para a direita, italianos a correrem atrás dela. E Salino atirou à entrada da área, para fora; seguiu-se um pontapé de Viana, que Brkic defendeu de forma impressionante; outro de Viana para fora...

Até que surgiu Armero na cara de Beto! O colombiano teve tudo para marcar, mas deu um valente pontapé na relva e a Udinese acabou ali, ao minuto 58. Num tropeço. Bom, não acabou verdadeiramente, porque o golo minhoto só surgiu aos 71 minutos. Pelo meio, Brkic! Sempre ele. Tentou muita gente: Alan, Ismaily, outra vez Viana. O sérvio era um gigante na baliza.

Mas os gigantes também caem. Mossoró rompeu pela área, foi tocado, decidiu continuar a jogar e atirou. Brkic defendeu, mas a insistência de Mossoró derrotou o sérvio. Bola na área e Micael a aparecer para um cabeceamento de glória, a empatar a eliminatória! Por fim!

A Udinese acordou do choque, mas nem por isso assustou, até final dos 90. O Braga foi sempre mais equipa e nem se importou com a possível tradição transalpina. Viana, Custódio, Micael e Mossoró deram a importância de um encolher de ombros a esse cinismo italiano e continuaram a levar jogo até à área de Brkic, para lá do tempo regulamentar.

O prolongamento teve uma grande ocasião, que foi minhota. Lima não chegou a um passe de Micael e Beto afastou com um tremendo chuto o perigo maior causado pelos italianos. Sem golos, vinham os penalties.

Hvaia fé em Beto, habituado a decidir estas questões. Mas houve um brasileiro que tentou uma brincadeira que custou milhões à Udinese e deu o ouro a Ruben Micael. Beto sorriu com o «Panenka» de Maicosuel, que só teve de segurar com um sorriso, como quem segura ao colo um bebé. Depois, a decisão foi para Micael. No último pontapé, no último sopro, o madeirense que tiha saído do banco atirou o Sp. Braga para junto das principais equipas da Europa. E é lá que merece estar, porque pelo menos em alma é tão grande quanto elas. Que ninguém duvide.

in Mais Futebol

 

Parabéns Sp. Braga


terça-feira, 28 de agosto de 2012

Rio Ave vence pela primeira vez em Alvalade (0-1)

Rio Ave vence em Alvalade pela primeira vez na história do campeonato; adeptos despedem-se desagradados com equipa.

Casa arrombada por um intruso inesperado, que entrou de mansinho e deixou tudo espalhado em Alvalade, à procura dos três pontos. O Rio Ave encontrou a vitória num assomo repentino e quem viu de fora o lar do Sporting descobriu-lhe a desarrumação em que entrou o futebol leonino, na ânsia de chegar ao golo. No regresso a casa, o leão perdeu perante um adversário que não tinha qualquer registo criminal em Alvalade e cuja estratégia não surpreendeu ninguém. O leão foi mais vítimas dos próprios problemas.

Comecemos por aí mesmo. O Sporting tem um claro problema na frente. Também teve outro atrás nesta noite, apesar de não ter havido, durante muito tempo, indícios disso. A equipa verde e branca começou o jogo com o mesmo formato de Guimarães, teve troca de bola, mas nunca foi perigosa onde tinha de o ser: na área contrária. A busca incessante pelos extremos fazia com que o Sporting aumentasse a largura do jogo. A questão, porém, residia mais na quantidade, do que na personificação, de quem chegava à zona de finalização. Cruzamento da esquerda, corte dos centrais, cruzamento da direita, corte dos centrais. Falta presença, claramente. Pelo menos, nesta noite faltou, como, talvez, terá faltado no Berço.

Ainda assim, não havia muitos sinais do que ia acontecer mais tarde, no primeiro tempo. Apesar de não ser fulgurante, o Sporting rondava a área de Oblak, que defendia o que chegava à baliza com segurança. O Rio Ave só apareceu ao minuto 33.

O primeiro sinal de perigo parou nas mãos de Rui Patrício, mas a jogada de Edimar e a leitura perfeita de Del Valle deram ao Rio Ave o primeiro golo na Liga, em Alvalade, em nove anos. Um choque tremendo para um leão paciente (demasiado) na construção.

A paixão bate no peito, o futebol começa na cabeça

Sá Pinto não perdeu tempo e mexeu para a segunda parte. Certo, tirou Elias e Adrien, colocou Labyad e André Martins. A ideia era clara e era prova do que acontecera nos 45 iniciais: alguém tinha de chegar-se mais à frente, junto a Wolfswinkel, que continua desastrado na hora de atirar à baliza.

Há dois jogadores no Sporting que não baixam ritmo. Capel e Carrillo podem, por vezes, não tomar as melhores decisões ou ter a melhor das execuções. Ninguém tem. Mas não podem ser acusados de não remar, de encarar o rival de frente. Enfim, de tentar. Labyad juntou-se a essa ideia com pontapés de longe.

Com o ouro no bolso, o Rio Ave fugiu para a vitória da maneira previsível. Fechou caminhos para meter o futbol leonino num beco. Sá Pinto mexeu de novo e lançou Viola para ir atrás do bandido. O Sporting correu, o Sporting tentou, mas sempre com o que lhe batia no peito e não com o aquilo que devia estar no pensamento, uma estratégia bem delineada para passar a muralha e bater Oblak, o derradeiro herói da noite.

A primeira vitória do Rio Ave em Alvalade, em toda a história do campeonato, apenas surpreende por terem sido os de Vila do Conde. É verdade que Sá Pinto contava por triunfos todos os jogos em casa, mas Guimarães e Dinamarca faziam prever que algo como isto podia acontecer. 

Aconteceu mesmo e o treinador do Sporting tem várias questões para abordar, agora que tem os três rivais a uma vitória de distância. É cedo, mas o relógio está a contar, como mostraram os adeptos no final, desagradados com a equipa. E quando assim é, não é apenas pelo resultado, porque, apesar de tudo, os adeptos reconhecem quando quem está em campo joga bem e apenas «não é dia».

in Mais Futebol

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Benfica vence no Bonfim (0-5), com Amoreirinha a ter grande culpa na derrota do Setúbal

Salvio e Rodrigo no pesadelo sadino no Bonfim, depois da falta de bom senso de Amoreirinha.

A história do jogo começa e acaba na falta de bom senso de Amoreirinha. O Benfica não se importou e goleou no Bonfim (0-5), terminando o encontro em ritmo de treino e mesmo assim ameaçando um resultado ainda mais expressivo. Salvio foi tudo os que encarnados dele esperam, Rodrigo parece querer voltar a crescer novamente para o patamar que já atingiu na última temporada. E Melgarejo desta vez não será tema: fez tudo simples e não complicou o que era fácil à partida. Jesus toca pela primeira vez na liderança da Liga.

Já o dissemos: entreguem a conta a Amoreirinha! Aos oito minutos, já com o Benfica em cima da defesa do Vitória, o defesa sadino entrou com tudo sobre Melgarejo e o árbitro não teve outro remédio que não expulsá-lo, abrindo caminho para uma vitória fácil dos encarnados. Encontraria a redenção o paraguaio - tão criticado durante a semana pelos dois golos do Sporting de Braga na Luz -, poucos metros à frente e quatro minutos depois, no passe para o primeiro golo dos encarnados no Bonfim, por Rodrigo. O lateral foi descoberto por Enzo Pérez, hoje titular, ligeiramente adiantado, e fez o cruzamento perfeito para o espanhol só ter de empurrar para as redes.

Com o flanco direito a carburar muito bem, por culpa de um Salvio diabólico e por também por aí caírem duas unidades em bom plano - Maxi Pereira e Rodrigo, que se assenhorava de praticamente todo o espaço nas costas de Cardozo -, o Benfica aumentou para 0-2 à passagem da meia-hora. Antes, já Salvio dera o tom. O argentino teve um momento genial, ao passar por três adversários antes de o cruzamento ser bloqueado por Caleb. Rodrigo, numa das suas muitas movimentações, recebeu a bola de Maxi na direita, sentou dois defesas e cruzou em ponto de rebuçado para Cardozo. O paraguaio acertou no guarda-redes, que, com a aflição de tirar a bola da zona de recarga do ponta de lança, colocou-a na diagonal de Salvio. E logo na dele...

O Vitória vivia de poucas, mas boas iniciativas de Bruno Gallo e Miguel Pedro, que depois de uma boa abertura de Nélson Pedroso, aos 34 minutos, criaram a melhor jogada sadina na primeira parte. Cruzamento da esquerda do primeiro a apontar para o poste mais próximo, onde Garay, em voo, anulou o cabeceamento do segundo.

Seria o Benfica, no entanto, a marcar mais um. Posse de bola, trocas lentas até ao meio-campo, à espera que Witsel, Rodrigo ou Salvio aparecessem entre linhas e criassem nova jogada de perigo. Depois de mais umas ameaças do ex-colchonero, o terceiro golo surgiria já no último fôlego do primeiro tempo. Maxi combinou com Rodrigo, e Salvio arrancou de forma decidida para a baliza contrária. A finalização não foi perfeita, encaixou em Caleb, mas a bola ressaltou do australiano para Enzo Pérez, que atirou para as redes. Com 0-3 e menos um em campo, o Vitória de Setúbal estava KO.

O Benfica voltou para o segundo tempo com o mesmo ritmo e, sobretudo, com a mesma concentração. Esteve várias vezes perto do 0-4, e chegou a festejá-lo duas vezes, antes do tempo, depois de Rodrigo (54) e Enzo Pérez (57) terem beneficiado de irregularidades para introduzir a bola na baliza. Acabou mesmo por consegui-lo aos 66 minutos, numa jogada em que disseram «presente» os três suplentes utilizados por Jesus: Carlos Martins cruzou da esquerda, Aimar amorteceu e Nolito rematou para um frango monumental de Caleb. Nessa altura, já o treinador dos encarnados tinha dado descanso a Javi García, Cardozo e Enzo Pérez e experimentava Rodrigo a 9. O golo acalmou de vez os ânimos nas bancadas, que chegaram a protestar veemente todas as jogadas desde a expulsão de Amoreirinha.

O 0-5 surgiu aos 81 minutos, numa altura em que os avançados do Benfica já se recriavam. Arte de Aimar na segunda assistência da noite, finalização perfeita de Rodrigo, em chapéu, para o bis e para o ponto final na noite de pesadelo dos sadinos. 

in Mais Futebol

Dragões: Goleada em Guimarães

O Porto de Vítor Pereira entrou na nova época como tinha acabado anterior: a marcar. Confundir o presente com o passado foi o melhor que podia fazer!

 Há quem diga que a pior coisa que se pode ter no presente é um passado feliz: depois da felicidade vem sempre algo pior. O melhor, portanto, é não ter um passado feliz. Ou não fazê-lo acabar. O F.C. Porto, este F.C. Porto, é claramente uma equipa de continuidade. A felicidade para ela é uma linha sem quebras.

Assenta nos mesmos princípios, na mesma intensidade, no mesmo pressing ofensivo, na mesma capacidade de romper pelas alas. De cabeça limpa e virada para o ataque, constrói um futebol positivo, cheio de oportunidades de golo e emoção em cada arranque de Hulk. Enfim, sabe ser feliz.

Veja a ficha de jogo e as notas dos jogadores

Como se não tivesse uma história alegre por trás, confunde o passado com presente e entra nesta época como tinha entrado na anterior: a marcar. Rolando, outra vez ele, fez o primeiro golo aos três minutos, como tinha feito no ano passado. Na altura criou ansiedade no Benfica, agora matou dúvidas.

As circunstâncias mudaram muito, é verdade, o F.C. Porto era esta noite favorito óbvio, contra a desconfiança da última época. Mas isso são coisas da nossa cabeça. No espírito da equipa a clareza de ideias e a força da vontade eram as mesmas. Talvez por isso o Vitória só ameaçou muito tarde.

Fucile: «Rolando é o melhor central que vi na vida»

A primeira, essa, foi pintada de azul. Mesmo sem Falcao, Guarín, Álvaro Pereira ou James, jogadores fundamentais, é certo, o F.C. Porto integrou bem jogadores como Souza, um dos melhores em campo, confirmou que os inícios de época são as melhores fases de Hulk e fez por merecer o triunfo.

Entrou no jogo a marcar um golaço, cheio de arte e talento, que começou num toque de calcanhar de Moutinho, continuou no centro de letra de Hulk e acabou no cabeceamento de Rolando. Um golo perfeito. Pelo meio é verdade que o V. Guimarães empatou, mas foi uma igualdade que durou oito minutos.

Rolando, outra vez ele, que assumiu esta noite um papel de figura do jogo, tratou de restabelecer as distâncias e afastar o espectro de uma surpresa. Desta vez com o pé, mas ainda ao segundo poste e solto de marcação, fez o segundo pouco antes do intervalo e garantiu um regresso tranquilo dos balneários.

Vítor Pereira: «Difícil é gerir maus jogadores»

A tranquilidade só haveria de ser colocada em causa no quarto de hora final e já depois do F.C. Porto falhar uma mão-cheia de oportunidades. Pelo meio Pedro Proença deixou passar incólume pelo menos um penalty sobre Hulk: embora haja mais dois lances na área vimaranense passíveis de discussão.

Ora com tudo isto, e como é natural, o V. Guimarães encheu-se de coragem e ameaçou o empate em duas ou três ocasiões. Foram só ameaças, porém: a justiça prevaleceu e o F.C. Porto ganhou a Supertaça Cândido de Oliveira. Vítor Pereira começa esta época como Villas-Boas tinha começado a anterior.

Para ele é um excelente sinal. Até porque a tarefa que tem é mais complicada que a de Villas-Boas: um passado feliz pode muitas vezes hipotecar-nos o futuro, lembram-se? Villas-Boas tinha todo um horizonte de possibilidades de fazer melhor à frente. Vítor Pereira não. Bem pelo contrário.

Começou por fazer igual e essa é uma grande vitória.

in Mais Futebol

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Zenit a apostar em grande?

Seguno fontes da imprensa, o Zenit da Rússia pensa apostar em grande nalguns jogadores nossos conhecidos:

- HULK - 50 Milhões

A notícia está a ser avançada pelo site russo lifesports. Zenit e FC Porto chegaram a acordo para a transferência de Hulk para o clube de São Petersburgo, a troco de 50 milhões de euros.

Uma fonte do Zenit citada por aquele site confirma o acordo e adianta que os responsáveis do campeão russo foram autorizados pela SAD portista a negociar diretamente com o avançado brasileiro.

lifesports diz que as conversações com o representante do Incrível estão já em marcha, sendo objetivo dos responsáveis do Zenit convencer Hulk a baixar as exigências salariais, estimadas em sete milhões de euros por cada ano de contrato.

O contrato de Hulk com o FC Porto, válido até junho de 2014, contempla uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, o dobro do montante que o Zenit terá oferecido à SAD presidida por Pinto da Costa, pelo passe do avançado.



- NANI - 40 Milhões

Pode estar a chegar ao fim o ciclo de Nani no Manchester United. Segundo informações provenientes da Rússia, o Zenit chegou a acordo com os ´red devils` para a contratação do internacional português, por 40 milhões de euros.

O site lifesports diz que o acordo entre os dois clubes está fechado e sublinha que Alex Ferguson não se opõe à saída do extremo.

A Direção do emblema de Old Trafford aceitou de imediato a oferta de 40 milhões de euros apresentada pelos russos, que se encontram agora em negociações com o jogador.

Nani, diz a mesma fonte, exige receber entre 9 e 10 milhões de euros por época, mais prémios, para se mudar para São Petersburgo, o dobro que o Zenit estará disposto a pagar. 

As negociações estão em curso e até ao encerramento do mercado de transferências, no próximo dia 31, poderá haver novidades.

O Zenit conta nas fileiras com os portugueses Danny e Bruno Alves.



in A Bola

Sporting empata a 1 bola em casa do Horsens da Dinamarca

O Sporting empatou hoje fora com os dinamarqueses do Horsens (1-1), em jogo da primeira mão do ''play-off'' da Liga Europa de futebol, disputado na Dinamarca.



Apesar de ter esbarrado num inspirado guarda-redes contrário, o Sporting deve a si mesmo não ter saído da Dinamarca com outro resultado, apesar de ter empatado apenas aos 79 minutos, por Carrillo, depois de Spelmann ter inaugurado o marcador aos 15. 

Os “leões” voltaram a mostrar dificuldades na concretização, com destaque para Van Wolfswinkel, que desaproveitou três excelentes oportunidades, além de problemas na construção de jogo, que apenas registou melhorias após as entradas de Labyad e Capel. 

Na defesa, a equipa portuguesa sofreu alguns calafrios, muitos dos quais por própria culpa, não só pelas muitas bolas perdidas no meio-campo, como também por alguma permissividade dos jogadores mais recuados. 

Com apenas duas alterações no “onze” em relação ao nulo com o Vitória de Guimarães, com as entradas de Schaars e Jeffren para os lugares de Gelson Fernandes e Capel, o Sporting entrou muito bem na partida, criando duas oportunidades logo nos primeiros cinco minutos. 

O holandês Ricky Van Wolfswinkel dispôs de duas flagrantes oportunidades, mas, aos três minutos, rematou por cima, e no minuto seguinte, completamente isolado, atirou à figura do guarda-redes Ronnow. 

Se os minutos iniciais mostravam um Sporting dominador e que aparentemente não teria dificuldades de maior para bater os dinamarqueses, um bem organizado e sólido Horsens demonstrou rapidamente que o jogo não seria fácil para os lusos. 

Depois de um primeiro aviso aos 12 minutos, o Horsens chegou mesmo à vantagem três minutos volvidos, aproveitando a passividade de Insua, que deixou passar Fagerberg, e dos centrais, ultrapassados por Spelmann, que bateu Rui Patrício. 

O Sporting ficou intranquilo com o golo contrário, perdendo muitas bolas, e só conseguia ameaçar de bola parada ou por uma ou outra arrancada do seu lado direito, onde Cedric e Carrillo se mostravam os mais inconformados. 

Na segunda parte, o Sporting voltou a entrar melhor, mas deparou-se com um praticamente intransponível Ronnow, que, aos 50 minutos, evitou o golo de Rojo com uma extraordinária defesa. 

Contudo, mais uma vez, o Horsens aproveitou bem algumas debilidades defensivas do Sporting e criou duas grandes oportunidades de golo, primeiro num remate de Fagerberg ao poste e depois num lance em que Retov não aproveitou o facto de a baliza contrária estar deserta e demorou muito para rematar, permitindo a defesa a Rui Patrício. 

Com as entradas de Labyad e Capel, a equipa “leonina” melhorou, mas Ronnow ia evitando o golo, primeiro fazendo bem a mancha frente a Van Wolfswinkel (72 minutos) e depois parando um tiro de Labyad (74). 

Acabariam por ser estes dois jogadores a fabricar o tento do empate, com Labyad a lançar Capel pela direita, descompensando completamente a defesa contrária, com o espanhol a passar para Carrillo, que, só na cara de Ronnow, não desperdiçou. 

Ficha do jogo: 

Jogo disputado no Horsens Arena, em Horsens (Dinamarca). 

Horsens – Sporting, 1-1. 

Ao intervalo: 1-0. 

Marcadores: 

1-0, Spelmann, 15 minutos. 
1-1, Carrillo, 79. 

Equipas:

Horsens:
 Ronnow, Nohr, Morten Rasmussen, Agesen, Kortegaard, Kielstrup, Retov, Drachman, Klove (Bjerregaard, 86), Fagerberg (Hajdarevic, 75) e Spelmann. 

(Suplentes: Veselovsky, Aslam, Smedegaard, Jakob Rasmussen, Bjerregaard, Toft e Hajdarevic). 

Treinador: Johnny Molby. 

Sporting: Rui Patrício, Cedric, Bouhlarouz, Rojo, Insúa, Elias (André Martins, 78), Schaars (Labyad, 58), Adrien, Jeffren (Capel, 66), Carrillo e Van Wolfswinkel. 

(Suplentes: Marcelo Boeck, Daniel Carriço, Xandão, Capel, Labyad, André Martins e Gelson Fernandes). 

Treinador: Ricardo Sá Pinto. 

Árbitro: Antony Gautier (França). 

Ação disciplinar: Nada a assinalar.


in Futebol 365

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sporting de Braga e Udinese empatam na Pré da Champions

O Sporting de Braga e a Udinese empataram hoje  a uma bola, na primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões de futebol, adiando a decisão do apuramento para daqui a uma semana, em  Itália. 
A Udinese adiantou-se no marcador ainda na primeira parte, e contra a corrente do jogo, por Basta, que cabeceou sem oposição após um livre do internacional italiano Di Natale (23 minutos), mas os bracarenses empataram com um golo fabuloso de Ismaily, com um potente remate a cerca de 35 metros da baliza adversária (68). 
O empate penaliza a ineficácia da turma comanda por José Peseiro e premeia o conhecido pragmatismo das equipas italianas.  
 
Pelo que jogou, o Sporting de Braga merecia ter ganho o jogo, mas a exibição de hoje também lhe permite ter esperanças em arrancar um resultado positivo em Itália, dentro de uma semana e o tão desejado apuramento.
  

Fase de grupos garante 10,7 milhões de euros

As duas equipas já assumiram ser fundamental a passagem à fase de grupos da Champions, que garante desde logo a entrada nos seus cofres de 10,7 milhões de euros (2,1 pela participação no "play-off" mais 8,6 pelo apuramento).
 
Do "onze" que iniciou o jogo com o Benfica (2-2), da primeira jornada da I Liga, saiu Rúben Amorim e entrou Hélder Barbosa.  
 
O Sporting de Braga entrou muito bem em jogo, muito rápido a trocar a bola e com Mossoró em grande destaque. 
 
Aos 21 minutos, o Braga esteve perto de inaugurar o marcador: grande jogada com Hugo Viana a assistir Douglão na "cabeça" da área, o central brasileiro deixou a bola passar com uma grande simulação, abrindo as pernas, e remate de Paulo Vinícius para uma grande defesa de Brkic (21). 
 
Alan tinha avisado na antevisão da partida para o cinismo das equipas italianas e essa característica voltou a evidenciar-se pouco depois e pode ser determinante na eliminatória já que, contra a corrente do jogo, marcou. Livre de Di Natale e Basta, antecipando-se a Salino, cabeceou sem hipóteses para Beto, aos 23 minutos.
 

"Bomba" de Ismaily

A equipa minhota entrou em campo depois do intervalo com vontade de inverter a situação e Custódio (50 minutos) e Ismaily (58) deixaram os primeiros avisos. 
 
Contudo, foi a Udinese a estar muito perto de voltar a marcar, mas Beto esteve em grande plano ao defender primeiro o cabeceamento de Pinzi e a seguir a recarga de Di Natale (61). 
 
Mas esse lance foi a exceção à regra, pois o Braga voltou ao comando da partida de imediato e chegaria mesmo ao empate pouco depois. 
 
Com espaço à sua frente, Ismaily desferiu uma autêntica "bomba" a cerca de 35 metros da baliza adversária, a bola ainda embateu na barra, não dando qualquer hipótese de defesa. 
 
Depois do golo bracarense, que veio conferir justiça ao jogo praticado por ambas as equipas, Rúben Micael (77 minutos) - excelente entrada em jogo do ex-FC Porto - e Lima (85) ainda obrigaram Brkic a empenhar-se, mas o resultado manteve-se.
A segunda mão disputa-se em Udine, em Itália, na próxima terça-feira, às 19h45.

in Expresso

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Campeão Nacional não convence em Barcelos

Em Barcelos há um especialista a caçar dragões.

 A Liga 2012/13 só começou no papel para o F.C. Porto. O filme é o mesmo visto várias vezes ao longo da época passada e que, apesar de ter corrido bem na Supertaça, não voltou a ter final feliz. Entrada amorfa, futebol pouco esclarecido, dois pontos perdidos. Onde no ano passado ficaram três e onde há dois anos, na Taça da Liga, o F.C. Porto também não passou. O Gil Vicente está especialista a caçar dragões.

A tarde era de muito calor e o F.C. Porto entrou para não suar muito. Talvez até nem precisasse, já que o Gil Vicente, que apareceu em campo, estranhamente, com apenas 17 jogadores na ficha de jogo, levou para o relvado uma missão acima de todas as outras: defender. Na primeira parte foi assim. Na segunda não mudou muito. Mas ninguém soube contrariar.

Com o Gil lá atrás, à espera de um contra-ataque milagroso, o resto cabia ao F.C. Porto. Tão natural como a sua sede, já dizia o anúncio. Esperado, quase obrigatório. Mas faltou pimenta ao ataque portista. Havia mais F.C. Porto, mas faltava um F.C. Porto organizado. O jogo começou assim, continuou assim e acabou assim. Perto do fim, houve a natural tentativa desesperada dos bicampeões nacionais. Mas o desespero quase nunca é bom conselheiro.

Os destaques do encontro

Lucho Gonzalez e João Moutinho, que voltou ao onze, como se esperava, e ainda trouxe Hulk, tentaram colocar a casa em ordem. Fernando era mais um espectador, mas com lugar privilegiado, até sair para entrar Kléber, já na segunda parte. O ataque, esse, era o menos feliz dos sectores.

James pouco ou nada inspirado, Jackson ainda a aprender e Hulk para o resto. Só Hulk. Sempre ele, como se tivesse sido chamado para matar as saudades dos adeptos. Correu, rematou, mostrou alguns pormenores do costume, misturou-os com erros de início de época. Tentou, como sempre.

Ficar à espera continua a não resultar

Entrar mal no jogo nem é uma novidade para o F.C. Porto de Vítor Pereira. Uma tecla tão batida na temporada passada que continua a ser incompreensível como não gasta de vez. É verdade que a bola esteve quase sempre do lado azul e branco, mas também é certo que quase nunca foram tomadas as melhores opções com ela.

O F.C. Porto parecia esperar o que o jogo poderia dar. Como em tantas outras ocasiões. Não sossegou os adeptos, não quis resolver cedo. Arriscou e foi permitindo que o Gil respirasse, naquele estilo em bloco.

Na primeira metade salvou-se um remate de Lucho e outro de Hulk que Adriano, o melhor em campo, defendeu com segurança. Na segunda, mais do mesmo. Hulk em força, Hulk em jeito. Adriano sempre lá. Kléber ainda contornou o guardião, mas não teve espaço para mais. Jackson teve o golo na cabeça, mas não repetiu Aveiro.

FICHA DE JOGO

O tempo passava, Paulo Alves refrescava o ataque e fazia o que parecia impossível até lá: cheirava o golo. Primeiro Pedro Pereira, depois Luís Carlos. Ambos ao lado, mas não muito. O melhor que se viu da equipa barcelense que ainda precisa remendar alguns setores, mas entrou já com um bom balão moral. No ano passado foi assim e foi o que se viu.

Para o F.C. Porto fica o aviso: é preciso mais. Tem de haver mais. A oportunidade de começar a Liga na frente de Benfica e Sp. Braga ficou para trás. Resta perceber se a capacidade de resposta que valeu um título na época passada continua pelos lados do Dragão.

in Mais Futebol

Sporting não vaai além de um empate a 0 com Guimarães

Alimentar a paixão e sofrer com isso: a sina do leão.

  As emoções alimentam, mas não realizam. Agitam, mas não esclarecem. Este Sporting guia-se por um admirável instinto de sobrevivência, sem perceber, porém, que a felicidade está nos detalhes subtis e não nos clamores públicos de paixão.

O nulo de Guimarães é o espelho de uma relação complexa, caótica até, com a vitória. A pressa de tê-la, de possuí-la o quanto antes, afugentou-a para paradeiro desconhecido. O Sporting terá esquecido as mais elementares regras de atração pelo jogo, os mais sórdidos jogos de prazer com a bola e com o golo.

São demasiados anos de rejeição, épocas a mais de desejar e perder. Só isso pode explicar a abordagem desequilibrada, ansiosa, ainda que repleta de boas intenções, a esta Liga. O Sporting não ganhou em Guimarães por excesso de sangue, adrenalina e testosterona.

Basta olhar para o banco - e alucinar com o esbracejar convulsivo [e dispensável] de Sá Pinto - para testemunhar o tanto que o Sporting quer ganhar e o tanto que sofre para lá chegar. Ainda por cima, sem lográ-lo. Não há auto-estima que resista.

FICHA DE JOGO e AO MINUTO

A secura de resultados é bem capaz de conduzir ao esgotamento psicológico. O Sporting pode evitá-lo, aparenta até ter condições materiais para isso. Basta procurar ajudar, encontrar respostas lógicas, um caminho que faça sentido. Este modus-operandi, concebido por Sá Pinto, privilegia o ardor em detrimento da inteligência.

O Vitória, bastante mais ciente do que pode e sabe, teve esse lado do conhecimento. Foi mais inteligente, reconheceu o primarismo das suas ações e chegou onde queria. Fez o seu jogo, portanto, conduzindo da melhor maneira as armas que tinha. E eram, de longe, bem mais modestas do que as do oponente.

Oportunidades de golo? Poucas, quase nenhumas. Mais posse de bola? Do Sporting, pois claro, principalmente na derradeira meia-hora. Justiça no resultado? Sim, é aceitável, no seguimento da ideia que esta crónica defende.

Os Destaques: Defendi, exemplar

Houve bons sinais no processo defensivo, com Bouhlarouz e Rojo a cumprirem perfeitamente, mas preocupações no ordenamento do meio-campo e no apagão de Adrien Silva. Carrillo durou pouco, Capel foi intermitente e Van Wolfswinkel mal se viu entre Defendi e N'Diaye.

Não sabemos se por opção ou se por contingência, o Sporting renega a felicidade para visar o êxito. A equipa não é ditosa com a bola nos pés (daí o sacrifício de Adrien e depois de André Martins) e torna-se insuportável sem ela. Prefere o esgar e desvaloriza o sorriso na busca do bem maior, do Santo Graal que é o título nacional e o reconhecimento generalizado.

Por muito paradoxal que isto possa parecer, o Sporting empenha-se em agradar aos outros, sem nisso encontrar prazer. Há exemplos que contrariam e esmagam esta teoria mas, em boa verdade, só o futuro nos dirá se é Sá Pinto que tem razão.

Do nosso ponto de vista, pode-se vencer de outra maneira e, sobretudo, sobreviver de outro modo. 

in Mais Futebol

Benfica e Braga empatam (2-2)

Salvio e Melgarejo nos extremos de uma montanha russa.

 O Benfica manteve o hábito de oito anos sem ganhar nas estreias na Liga, empatando na Luz diante de um Sp. Braga personalizado. Num jogo intenso, e cheio de voltefaces, Salvio e Rodrigo foram os protagonistas encarnados pela positiva. Duas infelicidades de Melgarejo, a aposta de Jorge Jesus para lateral esquerdo, equilibraram os pratos da balança e permitiram ao novo Sp. Braga passar num teste exigente, antes da luta pela Champions.

A colocação de Rúben Amorim como ala esquerdo, para travar as subidas de Maxi, foi a meia surpresa preparada por Peseiro na inauguração pública do Braga. E os primeiros 15 minutos confirmaram que as novidades nos minhotos não se resumiam ao verde da camisola, mas estendiam-se aos períodos prolongados de posse e domínio no meio-campo do Benfica. Com Mossoró a fazer pontes entre médios experimentados, adeptos de pensar antes de correr, o visitante chamou a si as melhores ideias e retardou em 15 minutos a entrada do Benfica na Liga 2012/13.

Até aí, a equipa encarnada destacara-se mais pelos inúmeros passes perdidos em fase de construção ¿ tornando gritante a falta de um médio vocacionado para descobrir atalhos no plano de Jorge Jesus. Estavam dois no banco, Aimar e Martins, mas só um entrou em cena. E muito, muito tarde.

Salvio, o despertador

Já depois de Lima ter obrigado Artur à primeira defesa, foi um remate de Witsel a chamar Beto ao jogo, arrancando os primeiros aplausos na Luz. Sem resolver os problemas estruturais, e dando muitas vezes a sensação de jogar mais em força do que em jeito, o Benfica começou a equilibrar a balança graças à qualidade individual de alguns jogadores.

Salvio, com a cumplicidade ativa de Rodrigo, estava nas melhores ações encarnadas. Ora obrigava Beto a defesa apertada (19 m), ora rasgava um passe que punha Bruno César na cara do golo para um remate ao lado (43 m). O lance prometia uma segunda parte em crescendo para os encarnados, e a promessa pareceu cumprir-se quando o extremo contratado ao At. Madrid apareceu no sítio certo para concluir um cruzamento de Rodrigo, a que Cardozo não chegou (49 m).

O pesadelo de Melgarejo

Nessa altura, o golo dava tradução lógica ao crescimento do Benfica e premiava o seu protagonista. Mas os prolemas de organização e de improviso na equipa encarnada punham qualquer lógica em causa. Sete minutos depois, numa entrada de Ismaily pela esquerda, Melgarejo, que até aí tinha feito pela vida, procurando não cometer erros grosseiros, calculou mal o tempo de entrada e bateu Artur com uma cabeçada fulminante.

Um jogador mais rotinado na função teria tido o mesmo tipo de infelicidade? A pergunta pode ser retórica, os seus efeitos não o foram. O Benfica desorganizou-se e perdeu confiança. E o seu lateral improvisado acentuou o desastre, com um mau alívio para os pés de Alan. O cruzamento remate do brasileiro encontrou Mossoró sem marcação, e em posição legal, para bater Artur (63 m).

Aimar, tão tarde

O 1-2 acentuava os ares de pesadelo tão familiares às estreias do Benfica na Liga. Mas a montanha russa de emoções ainda teria tempo para um derradeiro volte face. Trouxe-o o tal médio, que pensa mais do que corre, e que ajudou a estancar as inseguranças do Benfica. Dois minutos depois de estar em campo, Aimar apontou um livre lateral. A cabeçada de Luisão foi desviada pelo braço de Custódio, e Soares Dias assinalou penalti (bem) e mostrou o segundo amarelo a Douglão (mal).

Cardozo não falhou, embora Beto ainda tivesse tocado na bola, e o Benfica partiu para 20 minutos de assalto, perante um adversário reduzido a dez e já sem soluções para fugir ao cerco. Aí, as emoções mandaram mais do que o resto, e o Sp. Braga abdicou de bola, procurando de todas a formas que o relógio jogasse a seu favor. Conseguiu-o, e ninguém poderá dizer que não fez por merecer o prémio. Tal como o Benfica terá de olhar para si próprio e reconhecer que fez muito para ser infeliz e manter o enguiço das estreias.

 in Mais Futebol 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Chelsea pondera desistir de Hulk devido ao alto preço

As exigências financeiras do FC Porto podem levar Roman Abramovich a desistir da contratação de Hulk. O jornal inglês Daily Mail garante que o multimilionário dono do campeão europeu não está na disposição de oferecer o montante exigido pelos dragões para libertar o «incrível».

Segundo a publicação britânica, os azuis e brancos ponderam abrir mão do jogador por um valor nunca inferior aos 38 milhões de libras, qualquer coisa como cinquenta milhões de euros, valor esse considerando excessivo pelo Chelsea.

Com o regresso de Hulk à Invicta agendado para os próximos dias, é expectável que as conversações entre os dois clubes se intensifiquem, mas sem garantia de que elas cheguem a um bom porto, apesar da manifesta vontade do número 12 em deixar o Dragão.

Ainda de acordo com o diário inglês, Edinson Cavani, do Nápoles, é outro potencial reforço dosbleus que poderá acabar...longe de Stamford Bridge. 

Os últimos 15 dias do mercado de transferências prometem ser agitados para o clube londrino. 

in A Bola

Horsens baixa preço dos bilhetes para garantir casa cheia


Ingressos entre 10 e 20 euros para a primeira mão do play-off.



O AC Horsens, adversário do Sporting no play off de acesso à Liga Europa, está a encarar a visita dos leões, na próxima quinta-feira, como um grande acontecimento. 

A perspetiva de casa cheia no Casa Arena, que tem capacidade para 7500 lugares sentados, está a ser encorajada pelos seus responsáveis, que decidiram baixar o preço dos bilhetes em relação aos valores habituais: cada ingresso custa entre 20 euros (adultos) e 10 (menores), valores muito baixos para o custo de vida na Dinamarca.

«Queremos que a visita do Sporting seja uma festa para todos os nossos adeptos, e desejamos ter lotação esgotada, para receber o nosso adversário com as bancadas pintadas de amarelo», afirmou o diretor administrativo, Henrik Ravn, explicando a estratégia de colocar bilhetes mais baratos do que na ronda anterior do play-off.

O jogo do próximo dia 23, quinta-feira, tem pontapé de saída marcado para as 20 horas em Portugal.

in Mais Futebol

Luisão pode ser suspenso por 4 anos


Luisão incorre numa pena que pode ir, no limite, até aos quatro anos de suspensão, devido ao incidente protagonizado no sábado com o árbitro alemão Christian Fischer, num jogo particular.

Aos 39 minutos do encontro entre o Fortuna Dusseldorf e o Benfica, o capitão do Benfica, e internacional brasileiro, chocou com o árbitro Christian Fischer, quando protestava uma decisão do juiz deste particular, que perdeu os sentidos durante alguns segundos.

O jogo não foi retomado e esta quarta-feira a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) confirmou ter recebido da homóloga alemã o relatório deste encontro particular, que será agora reencaminhado para o Conselho de Disciplina.

No entanto, e apesar do regulamento disciplinar da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) prever uma pena máxima de quatro anos por ofensas corporais à equipa de arbitragem, um protocolo entre o organismo e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) pode implicar uma sanção um pouco mais ligeira.

O ponto 1 do artigo 109 do regulamento disciplinar da FPF (Das ofensas corporais à equipa de arbitragem) refere que "o jogador que, por ocasião da realização de jogo, antes ou após a realização do mesmo, agrida fisicamente algum dos membros da equipa de arbitragem é punido com suspensão por seis meses a quatro anos.

Caso seja entendido que tenha ocorrido apenas uma tentativa de agressão, como refere o ponto 2, "os limites das penas são reduzidos a metade".

Mas ao abrigo do protocolo entre a FPF e LPFP, e se valer o regulamento disciplinar do organismo profissional, a agressão de um jogador a um elemento da equipa de arbitragem prevê uma suspensão entre três meses e três anos.

Segundo a alínea a) do ponto 1 do artigo 145 do regulamento disciplinar da LPFP, esta suspensão será aplicada "no caso de agressão que determine lesão de especial gravidade" a elementos da equipa de arbitragem.

Noutros casos de agressão, a alínea b) do artigo 145 determina uma suspensão entre dois meses e dois anos.

in Record