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sábado, 29 de setembro de 2012

Benfica vitorioso em Paços de Ferreira

Lima vale três pontos e cada tostão que custou.

Num exercício sem rede, a melhor nota foi para Lima. Uma semana depois do empate que tanta polémica gerou em Coimbra, o Benfica entrou pressionado em Paços de Ferreira e saiu-se bem. Entrou em falso, reagiu e livrou-se da apatia com o oportunismo de Lima. Ganhou 2-1, somou três pontos e voltou a acreditar em si. Era um mortal sem rede e a resposta foi boa. 

Não foi excelente, claro. Nem foi a que, certamente, Jorge Jesus vai querer para o resto da temporada. As limitações são visíveis e normais. Afinal, as mexidas foram muitas. Por isso, nem tudo é bom,mas é melhor que há uma semana.

Num jogo com várias peripécias, o apagão na luz, logo aos três minutos, alastrou-se à equipa de Jorge Jesus. O Benfica mostrou-se com poucas ideias durante toda a primeira parte, dando praticamente essa metade de avanço ao rival. Não que o Paços tenha sido demasiado ofensivo ou, sequer, dominado o jogo. Mas era ao Benfica que cabia a missão de assumir o rumo dos acontecimentos, sobretudo depois do tropeção da semana passada. E não foi afoito.

O que se viu foi uma equipa com reação, mas sem ação. E na mesma toada de Coimbra. Algum fulgor, pouca criatividade e muito desacerto na hora de rematar. 

O golo do Paços, esse, é um momento à parte num jogo pouco interessante, até. Um hino ao futebol bem jogado, com a bola a viajar da direita à esquerda do ataque pacense, com combinações bem alinhavadas, num futebol rendilhado, que meteu um toque de calcanhar, um centro perfeito e um desvio letal do renascido Cícero. Está muito diferente o avançado que um dia foi uma promessa do futebol português. 

O Benfica, como se disse, conseguiu reagir. E na hora, como convém. Cássio largou um cabeceamento de Jardel e Lima não perdoou, no primeiro ato de uma noite inspirada. Voltava tudo à estaca zero. O jogo prometia, mas não cumpriu, depois. Algo em voga nos dias que correm. 

A estranha noite de Cássio

Não fosse o desacerto de Cássio e o Benfica não teria criado mais nenhuma oportunidade até ao descanso. O guardião pacense, muitas vezes figura de destaque, esteve em foco pela negativa. Para além do erro no golo do empate, ainda voltou a mostrar-se desastrado em duas saídas aos pés de Lima. Numa, nem na bola acertou. Na outra, deixou-a escapar para Salvio que falhou de forma incrível. 

Era pouco, ainda assim. O Benfica não podia viver das benesses do adversário, até porque o Paços trocava bem a bola e mostrava saber o que fazer. Faltava-lhe arte e disponibilidade física para combater o trio de torres que protege a área encarnada. Jardel, Garay e Matic não são um luxo mas, para este jogo, chegavam e sobravam.

Aliás, sobravam tanto que Jesus sentiu que podia prescindir do sérvio, lançando Carlos Martins para tentar puxar a equipa mais para a frente. Foi pouco depois de Gaitán, entrado ao intervalo, ter atirado à trave, em mais um lance incompreensível de Cássio, e antes de Lima completar a reviravolta. 

O brasileiro aproveitou uma enorme confusão na área do Paços para, completamente sozinho, dar três pontos muito importantes ao Benfica. Substituiu Cardozo neste jogo e, pela amostra, terá ganho lugar. 

Benfica adulto segura vantagem

O Paços de Ferreira teve o mérito de não deixar de acreditar. A verdade é que o decorrer do jogo dava razão à equipa de Paulo Fonseca. Nada estava ainda decidido. Jesus sabia-o quando voltou à fórmula original, metendo André Almeida para o lugar de Rodrigo. Fonseca também tinha essa noção quando tentou que a frescura de Caetano pudesse criar o estrago que Manuel José já não conseguia. 

Mas o Benfica, menos rebelde e mais adulto, segurou a vantagem. Até a poderia ter aumentando, o que seria um castigo demasiado duro para o que jogou o rival. Somou três pontos e recuperou a confiança. Um bom sinal. Afinal, ainda vamos no início. 

in Mais Futebol

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