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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Benfica vence Gil Vicente (0-3)

Jogo do galo com resolução fácil.
Noite propícia para estreantes. Première de sonho para Luisinho e André Gomes, jogo do galo com resolução fácil para o onze reinventado por Jorge Jesus. Modesta oposição de um Gil Vicente sem chama. Liderança isolada para o Benfica, à condição (0-3).

O jogo, de resto, teve pouca história. Longe de o anunciar, resolveu-se ao segundo minuto. Aliás, o golo de Lima foi a amostra de um pesadelo defensivo para os gilistas. Enzo Pérez segurou, veio atrás, foi à frente. Um corredor imenso à sua disposição, bem pelo centro, ninguém a fechar. Soava a algo. Provou-se.

Enzo Pérez agradeceu, trabalhou bem e abriu na direita. Cruzamento de Maxi, cabeçada de Lima, golo. O brasileiro arrancava para um serão de qualidade, mais um, aproveitando a presença de Cardozo para procurar novos espaços e dar amplitude ao seu jogo.

Ola John fazia um par de maldades sobre Paulo Arantes, o frágil capitão gilista, enquanto Luisinho ganhava confiança para aparecer na área contrária e responder a um passe atrasado de Lima. Era noite de estreantes, de terror para a defesa do Gil e André Gomes aproveitou a ocasião. Um ressalto, uma recarga, ninguém a afastar e o jovem encarnado a assinar o 0-3.

Um plantel com profundidade

Jorge Jesus sorria perante a eficácia da aposta. Um onze de recurso, provando que o plantel do Benfica tem profundidade para atacar em várias frentes. Sobretudo em duelos como este, em que o adversário parece macio, demasiado respeitador. Enfim, infeliz.

Artur Moraes regressou do balneário com o equipamento imaculado. Nem uma mancha. Nada. Luís Manuel arrancou um remate minutos depois, um raio de sol numa noite escura do Gil Vicente, e obrigou o guarda-redes a sujar-se.


Foi o melhor que a equipa de Paulo Alves fez em uma hora de jogo. Pouco para o mesmo onze que deixara boa imagem frente ao F.C. Porto, que obrigara o Sporting a suar para vencer, que dividira com o Moreirense o protagonismo de um dos jogos mais intensos da Liga (4-3). 


André Gomes para o futuro

O Benfica, sem dose de responsabilidade na noite de má fortuna do adversário, conseguiu até gerir esforços e dar confiança a unidades com menor rodagem no plantel. Jorge Jesus ganhou opções para o futuro, se dúvidas houvesse quanto à capacidade de Luisinho ou Ola John.

O lateral provou ser o mesmo que percorria todo o corredor em Paços de Ferreira sem vacilar defensivamente. Marcou até um golo com esse pendor ofensivo. Ola John entrou melhor, demonstrou sem um falso lento à moda antiga mas caiu um pouco na etapa complementar.

André Gomes é outra coisa. Jovem, ainda verde em determinados momentos do jogo. Mas o talento está lá e o futuro pode ser seu. Denotou nervosismo nos minutos iniciais, acabando por encontrar o ritmo certo e até aproveitar o desacerto defensivo dos locais para balançar as redes. Com o golo, veio a serenidade para acompanhar o potencial.

Enzo abriu espaço para a resposta

Três golos e pouca capacidade de resposta do Gil Vicente. O speaker de um estádio com apenas sete mil espectadores, porque o frio fez-se sentir e o fim do mês ainda não chegou, puxava pelos locais em vão.

Paulo Alves tentava o mesmo, lançando o gigante Yero ao intervalo, substituindo o improvisado Rafa Silva.

Seria Enzo Pérez, contudo, a agitar o encontro. O argentino, que estivera nos três golos do Benfica, viu dois amarelos em igual número de faltas, acabando por ser expulso de forma ingrata mas justa. Terá de evitar situações como esta, em que a equipa podia ter sido prejudicada.

Não foi. A formação encarnada, que esta noite equipou até de preto, sofreu mais sem sentir que o resultado estava em causa. Ao minuto 78, Yero acabaria por cabecear à trave, na melhor oportunidade dos gilistas. Pouco, ainda assim.

Triunfo natural da segunda linha, prova superada para os homens de Jorge Jesus. Noite para esquecer dos locais.

in Mais Futebol

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