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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Champions: Braga sai derrotado frente ao United, num jogo em que quase conseguiu o impossível

Minhotos sonharam durante 20 minutos, mas os ingleses estão demasiado habituados a esta situações.
Vinte minutos de silêncio total para deixar o Sp. Braga sonhar e 45 minutos de um inferno quente, quente, e alucinante no ritmo. Os minhotos caíram em Old Trafford depois de estarem a vencer por 2-0, mas encontraram um Manchester United demasiado forte para que o sonho perdurasse até ao apito final. Ficou, porém, a imagem de um clube que cresce a olhos vistos e que assustou o gigante britânico.

A entrada em Old Trafford foi tremenda. Alan surgiu do nada com a braçadeira na manga para fazer o 1-0, após cruzamento de Viana. O golo português, dizem os números, até era previsível. Pela oitava vez em 12 jogos na temporada, o United entrava a perder. Em seis dessas ocasiões, sofreu o 1-0 nos primeiros 16 minutos. Com o Sp. Braga não foi diferente, por isso, o melhor era esperar a reação inglesa.

Recorde o jogo AO MINUTO

O problema é que quem mandava no jogo não eram os Diabos Vermelhos de Manchester, mas sim os Guerreiros do Minho. Organização de um exército romano e uma lança apontada ao coração dos ingleses: Éder. O internacional português puxou da criatividade e, junto à linha, fez o que poucos jogadores ousaram em Old Trafford: um nó incrível em Carrick, com lampejos de Redondo naquele recinto, uma arrancada fulgurante para a área e a assistência a servir Alan para o 2-0. O segundo golo era, de novo, do capitão, que fez o favor de não falhar para que aquela jogada ficasse na memória.

Só que em Old Trafford vive uma equipa com décadas e décadas de futebol europeu, troféus, «glamour» e, acima de tudo, fé. O United é uma equipa demasiado habituada a situações adversas para desesperar com um 2-0 negativo. E quando Chihcarito Hernández reduziu aos 25 minutos, apenas cinco depois do bis de Alan, o Teatro dos Sonhos tornou-se num inferno. Começou por aquecer até ao intervalo, para na segunda parte ser escaldante.

O respeito do sir por um grande

Nani veio para o jogo. Ferguson queria explorar o flanco esquerdo do Sp. Braga. Mas mais do que a alteração, foi a intensidade típica de Premier League que deixou os minhotos em apuros. O ManUtd jogava num ritmo altíssimo, pressionava, rondava a área e encostava o Sp. Braga atrás. O golo parecia iminente, mas surgiu de onde menos se previa.

Num canto, confusão na área e o central Jonny Evans a empurrar a bola para o fundo da baliza de Beto. Nani tentou o 3-2 logo a seguir, com o compatriota da baliza minhota a responder com uma grande defesa. Só que Beto não pôde fazer nada quando Cleverley cruzou da direita e Chicharito Hernández saltou para o 3-2, atras de Nuno André Coelho e à frente de Salino. O United acordara o Sp. Braga para a realidade.

Alex Ferguson percebeu o adversário que tinha pela frente, tirou o mexicano dos golos e lançou Ryan Giggs. Depois do sofrimento, o treinador escocês não quis deixar escapar três pontos, perante um adversário que soube respeitar: por isso recuou linhas e os minhotos deram um assomo final à baliza de De Gea. Viana ainda rematou perto do ângulo, mas o triunfo já era inglês.

O Sp. Braga saiu derrotado de Old Trafford e no terceiro lugar do grupo, mas com a certeza de que este foi mais um passo no crescimento do clube. O respeito e as opções de Ferguson foram apenas as provas finais. Nesta noite, Old Trafford teve a visita de um grande.

in Mais Futebol

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