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domingo, 25 de novembro de 2012

Benfica consegue vitória fácil frente ao Olhanense

Mudar o chip e cumprir os mínimos.

Mudar o chip. Do Celtic para o Olhanense, mas com o mesmo objetivo: vencer. O Benfica cumpriu a missão sem grande esforço (2-0) e virou a jogada para a outra metade do tabuleiro de xadrez que vai ser a luta pelo título. A pressão vira a norte.

A novidade foi Carlos Martins. Recuperado, o médio entrou diretamente para o onze, a fim de organizar o ataque e tomar conta das bolas paradas. Claro que Maxi recuperou o lugar, depois de o ter cedido por um jogo a André Almeida, e Rodrigo voltou a trocar com Lima, mas a chamada do internacional português foi a que maior mudanças provocou na equipa, habituada a um estilo de comando diferente no miolo, protagonizado por Enzo Pérez. A energia de Martins voltou a destacar-se e, sobretudo, os cantos e livres tiveram muito perigo, dando a ideia que enquanto esteve em campo o brilho foi quase sempre dele. Dele, mas também de Maxi, que sofreu o penalty de Vasco Fernandes, e de Cardozo, que o aproveitou para chegar ao sétimo golo na Liga.

O Olhanense apresentou-se encolhido na Luz. O melhor que conseguiu resultou de cruzamentos de longe para a área ou de livres laterais. A partida tornou-se, desde o segundo minuto, quando Salvio obrigou Bracali à primeira de muitas defesas, de sentido único. Os encarnados nunca tiveram de acelerar muito. Moídos por 90 minutos de alta intensidade há poucos dias frente ao Celtic, os homens de Jorge Jesus pareceram pouco dispostos a grandes correrias. A não ser se tivesse mesmo de ser.

O pecado de Vasco Fernandes

Até ao minuto 26, altura em que Vasco Fernandes agarrou Maxi sem grande pudor na sua área e desequilibrou em definitivo o encontro para os da casa, Bracali foi dando conta do recado. E quando não era o guarda-redes, parecia que a defesa estava a conseguir aguentar, com maior ou menor dificuldade, o ataque rival. Na melhor jogada de toda a partida (minuto 19), foi Nuno Reis quem se colocou à frente do remate de Ola John, depois de a bola ter passado por Carlos Martins, Salvio e Maxi Pereira antes de chegar ao holandês.

Até ao agarrão fatídico então, os algarvios pareciam estar a conseguir baixar a frequência de ataques dos locais, aproveitando o cansaço e talvez uma noite de menor inspiração. E depois também, até ao intervalo, pouco mudou.

A segunda parte começou com mais Olhanense, e com uma defesa importante de Artur logo aos 48 minutos a remate de Abdi. A jogada serviu de aviso ao Benfica, que voltou a tomar de assalto a baliza de Bracali (embora, como já se disse, a equipa não estivesse para grandes correrias). Em dois minutos, os encarnados podiam ter resolvido a questão. Aos 59, Martins lançou Melgarejo pela esquerda, que quis oferecer o golo a Cardozo. O que se passou daí até ao remate desviado (por um rival) de Salvio foi uma confusão enorme com Cardozo e vários defesas pelo meio. Na sequência do canto, Martins colocou a bola em Garay, que cabeceou para excelente defesa de Bracali. Estava, no entanto, escrita a fórmula com que o Benfica iria chegar à tranquilidade.

Luisão atira para a tranquilidade

Jesus não estava também satisfeito com o resultado perigoso e sobretudo com a forma como a equipa não estava a conseguir desenhar ataques. Trocou Rodrigo (longe do jogador entusiasmante que já foi) por Lima e devolveu a Pérez a posição 8, fazendo descansar Martins. Foi dos pés do argentino, aos 72 minutos, que nasceu o 2-0, num pontapé de canto, e morreu na cabeça de Luisão, de cima para baixo, para as redes.

O Olhanense estava batido, a única curiosidade era saber o quanto estariam os encarnados interessados em marcar mais golos. Cardozo, Salvio (confirmando a sua noite menos feliz) e Lima ainda ameaçaram o 3-0, mas o resultado ficou mesmo assim.

Os serviços mínimos garantem o primeiro lugar provisório e o aumento de pressão sobre o FC Porto, que visita Braga. A gestão dos jogadores também foi (bem) conseguida. E Carlos Martins de volta é sempre boa notícia. 

 

in Mais Futebol

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