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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

FC Porto resolve partida frente ao Sp. Braga perto dos 90minutos

Vira minhoto cedeu à cumbia.
O vira minhoto, a dança que ameaçava, uma vez mais, deixar o F.C. Porto sem o sorriso no rosto, cedeu à cumbia. Nos últimos passos, a cultura colombiana demonstrou a sua relação próxima com a felicidade. Golos de James Rodriguez e Jackson Matínez ao cair do pano (0-2).

Benfica alcançado e, de novo, vantagem no goal average para os dragões.

Na mesma região em que o F.C. Porto perdeu os únicos pontos, o Sp. Braga esteve a minutos de repetir a façanha do Gil Vicente: deixar a equipa de Vítor Pereira a zero. 

Mas Douglão, que enchera o campo até então, foi infeliz no desvio após remate de James. Jackson, pouco depois, aproveitou um corte defeituoso de Salino para se manter no topo da lista de goleadores. 

Jorge Jesus levantou a ponta do véu e terá pensado nos números. Ora historicamente, o Benfica tem mais vitórias em Braga que o próprio F.C. Porto. Contudo, nos últimos dez anos, os dragões continuaram a impor-se no Minho enquanto os encarnados sentiram enormes dificuldades.

De facto, olhar para o crescente poder do Sp. Braga e compará-lo com os resultados nas receções ao F.C. Porto permitiria concordar com a tese de Jesus, sem que essa significasse mais que isso: felicidade portista no AXA.

O momento das duas equipas reforçava esse pressentimento. E o início do encontro, então, parecia uma evidência gritante dessa realidade. Anunciava-se um triunfo azul e branco. Entrada fortíssima da equipa de Vítor Pereira, no regresso de Alex Sandro e Fernando ao onze, com Mangala a derivar para o centro.

Otamendi com sede de baliza

Seria Otamendi (grande jogo), ele que já marcara ali, a estar perto do golo em dois lances consecutivos. Primeiro, cabeceou ao poste. Logo depois, isolado por Lucho González, atirou de primeira ao lado. Com a bola quase sempre em seu poder, o F.C. Porto impunha-se a toda a largura do terreno.

Na ressaca do pesadelo de Cluj, José Peseiro trocara apenas Ruben Amorim por Mossoró. As dúvidas em torno da qualidade defensiva do Sp. Braga mantinham-se. 

Após quinze minutos de sentido único, o clássico nortenho foi parar ao micro-ondas. Aqueceu num ápice, como refeição rápida, com intensidade crescente e todos os condimentos de um repasto ao melhor estilo português.

Houve de tudo nessa meia-hora. Antes de mais, uma grande penalidade por marcar a favor do Sp. Braga. A razão parece estar do lado de Alan. Na sequência de um cruzamento de Ruben Micael, o extremo fez o remate e viu Alex Sandro, de lado mas com o braço aberto, desviar a bola com o cotovelo.

O jogo seguiu. Márcio Mossoró, o suplente que menos justifica esse estatuto no plantel arsenalista, surgiu à entrada da área para um disparo que Helton sentiu dificuldades em travar. Pouco depois, Nuno André Coelho e Hugo Viana em lances de bola parada. O F.C. Porto sentia o perigo.

O intervalo aproximava-se já sem aquela noção clara de domínio azul e branco. Sobrava tempo para desacatos na bancada destinada aos dragões (é difícil perceber tamanha necessidade de criar problemas com a polícia) e até um desentendimento junto ao banco onde estava Vítor Pereira. Algumas palavras fortes, empurrões ligeiros e um dedo indicador de Hugo Viana.

A sorte dá trabalho mas aparece

O descanso foi bom conselheiro. Pelo menos, para quem aprecia a paz e não se importa que isso redunde em tédio. Tédio não será a palavra certa, embora pouco ou nada tenha acontecido de verdadeiramente entusiasmante até à dança das substituições.

Éder reclamou o estatuto de exceção. Pediu um penalty mas foi traído pela sua mão na bola, segundos antes e ficou a queixar-se sem grande repercussão num lance em que Lucho González se colocou no seu caminho, na esquina da área. Tremenda atividade para quem esteve em dúvida até à véspera do encontro. 

O nulo seria desfeito, de qualquer forma, ao som da cumbia, com tentos de James e Jackson. Como diria Vítor Pereira, a sorte dá trabalho. Mas esteve presente e fez-se sentir, claramente.

in Mais Futebol

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