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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Taça de Portugal: FC Porto escorrega em Braga. Arsenalistas conseguem vingança do último jogo

Vendetta escrita a sangue por Don Éder.

 

A vendetta estava agendada há uma semana. À moda de Don Vito Corleone. Impiedosa, maquiavélica, desenhada ao milímetro para apanhar o dragão despercebido. Mesmo perto do final da história, como se quer e exige. Bem ao estilo da trama desenhada por Puzo e levada por Coppola à Sétima Arte.

Éder emergiu nas cenas decisivas, em mais uma representação meritória. Há Sp. Braga na taça. A expulsão imprevista de Castro, a 20 minutos dos 90, apressou a hecatombe do dragão. O autogolo de Danilo, nos instantes seguintes, mais não foi do que a consequência normal nesta lógica de causa e efeito.

Fragilizado, já numa fase de súplica, o F.C. Porto foi esquartejado e atirado borda fora. Éder, maligno na área do gang inimigo, tomou conta da ocorrência. O avançado desfez a ambição daquele que ainda há poucos dias saíra a sorrir de território fortemente vigiado.

O duelo foi duro, muitas vezes rude, agreste. Teve mais Porto, muito mais, numa fase inicial, até ao intervalo, e viu uma reação do Sp. Braga a sugerir indignação e orgulho ferido.

A falta que Jackson faz

Essa indignação, aliás, tinha razão de ser. Afinal, o F.C. Porto chegava com sete mudanças no bando inicial e, mesmo assim, geria a bola e o jogo como queria. Havia um tipo de pânico incompreensível nos olhos dos arsenalistas, bem espelhado no lance do golo azul e branco.

Livre de James Rodríguez bem cobrado, Nuno André Coelho plenamente perdido na macação e Eliaquim Mangala a cabecear com estilo, como que diz aqui mando eu!

Os Destaques: Éder decisivo

FICHA DE JOGO e AO MINUTO

Os elementos da retaguarda portista chegavam e sobravam para o que se impunha. Defour e Castro mostravam uma intensidade interessante, James impunha o respeito que se deve a um senhor do jogo, Otamendi e Abdoulaye anulavam toda e qualquer espasmo revolucionário.

A franja militarizada do dragão aparentava um controlo e superioridade incomum. Na frente, porém, era óbvia e natural a falta de Jackson. Kléber voltou a falhar rotundamente. Há uma diferença gritante entre um assassino impiedoso e um homicida educado. A cara de bom rapaz do brasileiro não ajuda nada.

O ultimato de Peseiro

Para tudo há limites e José Peseiro terá deixado um ultimato nas cabines. A mensagem passou. O Sp. Braga passou a ter a virtude de alternar entre a velocidade e a pausa, entre o atrevimento e a prudência. Vítor Pereira percebeu a mudança de paradigma, lançou Lucho e Danilo para pacificar as conversações, mas aí já o Sp. Braga se julgava dono do jogo.

O tal vermelho a Castro, talvez forçado, virou o tabuleiro ao contrário. O autogolo de Danilo e o golaço de Éder finalizaram a discórdia com estrondo.

Ao lado de tudo isto, Olegário Benquerença. Mais do que ter prejudicado este ou aquele, prejudicou o jogo. A forma como gere a amostragem de amarelos é incompreensível. Às vezes permissivo, outras duríssimo, não dá para entender.

Mal ao não assinalar um penálti sobre Viana, bem a anular um golo a Custódio. Ainda assim, a vendetta foi muito mais do que lapsos de arbitragem e erros do dragão. Foi, acima de tudo, a recuperação de um poder que se julgava perdido em Braga. À moda de Don Vito Corleone. 

in Mais Futebol

Manchester City tem pré-acordo com Guardiola?

O conhecido empresário FIFA é citado hoje pelo jornal Daily Mail, onde afirma que Pep Guardiola já tem um pré-acordo com o Manchester City para a época que se segue. As contratações de Txiki Begiristain e Ferran Soriano para a estrutura dos citizens provam que estão a ser preparadas todas as condições para o ex-treinador do Barcelona rumar a Manchester em 2013/2014.

«Guardiola tem um pré-acordo para ser o próximo treinador do Manchester City. Não importa se o AC Milan ou quem quer que seja façam ofertas», revelou o agente, que também desconfia de uma proposta milionária pelo guardião espanhol Victor Valdés. «Será uma oferta de fazer andar a cabeça à roda. Se eu fosse do Barcelona ficaria preocupado», avisou.

Recorde-se que Roberto Mancini é treinador do Man City desde 2009, depois de deixar o Inter de Milão para José Mourinho. No Etihad Stadium já conquistou uma Premier League, uma Taça de Inglaterra e uma Supertaça de Inglaterra.

in Futebol365

Taça de Portugal: Sp. Braga e FC Porto abrem oitavos

Nem uma semana após confronto para o campeonato, que terminou com vitória dos portistas por 2-0, guerreiros e dragões protagonizam esta noite, a partir das 20.15 horas, o jogo mais apetecível dos oitavos de final da Taça de Portugal.

A equipa minhota entrará mais pressionada, não só pela derrota sofrida no passado domingo diante dos azuis e brancos, mas pela série pouco positiva em que se encontra. Despediu-se recentemente das competições europeias (vai ainda defrontar o Galatasaray apenas para cumprir calendário) e encontra-se no terceiro lugar do campeonato, a nove pontos da liderança. José Peseiro já recebeu um voto de confiança, mas eventual eliminação na Taça de Portugal será mais um duro golpe...

Já o FC Porto continua invicto nas várias frentes. Tranquilidade não falta no reino do Dragão, ao ponto de Vítor Pereira dar descanso a Helton. O treinador, porém, garantiu que quer continuar na luta pela conquista da Taça.

Equipas prováveis:

SC Braga – Quim; Salino, Douglão, Nuno André Coelho e Ismaily; Hugo Viana e Custódio; Alan, Mossoró e Rúben Amorim; Éder.

FC Porto – Fabiano; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Defour, Fernando e João Moutinho; James, Jackson e Atsu.

in A Bola

Diego Reyes apontado para a Luz

Jovem promessa mexicana apontada à Luz.
Discursos diferentes, por vezes até contraditórios, os das fontes próximas de Diego Reyes, jovem mexicano associado ao Benfica nos últimos dias. O América, clube detentor do passe, parece estar à espera de uma oferta encarnada, mas o empresário, de viagem para o México, garante que não a leva na bagagem. Só de outros emblemas europeus.

«Estamos à espera do empresário, que deve chegar nesta sexta-feira, e que vai trazer uma resposta. Estamos à espera de uma oferta concreta para falar com o jogador e com toda a direção do clube», explicou ao Maisfutebol Ricardo Peláez, presidente desportivo do América.

Questionado se as negociações entre os clubes já se prolongavam há algum tempo, o dirigente explicou que «foi tudo tratado através do representante do jogador». «A decisão sobre o Diego Reyes não deve passar do fim de semana», acrescentou, convicto. Mas uma decisão relativamente ao Benfica, ou em relação ao futuro do jogador, no geral? - perguntámos. «Pelo que sabemos há uma aproximação do Benfica, embora também tenhamos o conhecimento de interesse inglês», respondeu Peláez.

Confrontado com estas declarações, o empresário do jogador negou ter em mãos uma oferta da SAD liderada por Luís Filipe Vieira. «É verdade que vou para o México, reunir-me com o América por causa do Diego, mas devido ao interesse de outros clubes. Há muita especulação em relação ao Benfica. Não há nada de concreto. Há outras equipas interessadas, mas portuguesas não», afirmou Matias Bunge.

«Falei com o Benfica sobre o Diego, mas no verão. Não chegou a existir uma proposta, foram apenas conversas. Também falei com o F.C. Porto, no nessa altura, mas neste caso não foi apenas por causa do Diego, mas sobre o mercado mexicano em geral», acrescentou o empresário, referindo-se ao período em que o defesa ajudou a seleção sub-20 mexicana a ganhar o Torneio de Toulon e depois conquistou a medalha de ouro olímpica. 

Bunge negou também ter estado em Lisboa recentemente, conforme foi dito ao jornal «O Jogo» por Ricardo Peláez. Questionado se o futuro de Diego Reyes ia mesmo definir-se nos próximos dias, o representante do jogador defendeu que «não é uma questão de tempo, mas sim de fazer a melhor escolha».

Aimar agrada ao América

Uma eventual venda de Diego Reyes ao Benfica alimentaria o desejo do América em contar com Pablo Aimar. «É um grande jogador. Quem não gostaria de o ter? Seria um jogador importante no América», disse o presidente do emblema mexicano, quando questionado pelo Maisfutebol sobre o alegado interesse no argentino.

E será que o suposto interesse do Benfica em Diego Reyes poderia proporcionar uma «troca» (não necessariamente direta). «Não a descartaria. Podemos pensar nisso, se o negócio do Reyes avançar», respondeu Ricardo Peláez.

Quem é Diego Reyes?

Natural da Cidade do México, Diego Reyes integrou a formação do América quando tinha 14 anos. Estreou-se na equipa principal em abril de 2010, frente ao Santos Laguna, equipa agora orientada pelo português Pedro Caixinha. Defesa ou médio defensivo, esteve em destaque no Torneio de Toulon e nos Jogos Olímpicos, despertando a cobiça de vários clubes europeus. Aos 20 anos parece estar interessado em rumar ao velho continente, embora o América pretenda ficar com ele até meados de 2013.

in Mais Futebol

FIFA Puskas 2012: Prémio para melhor golo. E os nomeados são...

Os golos de Radamel Falcao (At. Madrid), Neymar (Santos) e Miroslav Stoch (Fenerbahce) foram escolhidos para finalistas do prémio FIFA Puskas de 2012.

O brasileiro Neymar está na corrida para vencer pela segunda vez. A votação decorre ainda na internet.

O colombiano marcou o seu golo no país natal, num particular frente ao America Cali disputado a 19 de Maio.

Já o slalom de Neymar foi conseguido no dia 7 de março em partida do Brasileirão contra o Internacional de Porto Alegre.

Já Miroslav Stoch «inventou» aquele tiro a 3 de março, em jogo do campeonato turco frente ao Gençlerbirligi.

O vencedor será conhecido no dia 7 de janeiro em Zurique.

Vídeo 1 - Neymar

Vídeo 2 - Falcão



Vídeo 3 - Stoch


in A Bola

Roma oferece 8 milhões por Rolando


O jornal italiano diz que a Roma quer reforçar o eixo defensivo e garante que já terá sido feita uma proposta por Rolando ao FC Porto, citando , inclusive, o jogador.
O jornal "Corriere dello Sport" noticia na sua edição de hoje o interesse do Roma, que precisa de reforçar o setor defensivo na reabertura de mercado, em janeiro.

"O Roma ofereceu oito milhões de euros, não percebo porque é que o meu clube recusou oito milhões de euros", escreve o jornal desportivo italiano citando Rolando, acrescentando que o emblema da capital italiana não aumentará a alegada proposta feita ao defesa e deverá procurar alternativas ao internacional português.

in O Jogo Online

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vercauteren assume erros da equipa

O treinador do Sporting não escondeu a insatisfação pelo empate frente ao Moreirense, 2-2, Franky Vercauteren não compreende como é que a sua equipa sofre dois golos da mesma maneira.

«Não estou satisfeito. É verdade que nós recuperamos e tivemos oportunidades para fazer a diferença. No entanto, sofremos dois golos da mesma maneira e coletivamente não estivemos presentes. O problema não esteve apenas na defesa, mas em todo o grupo», afirmou Vercauteren, em declarações à Sporttv.

O treinador do Sporting até gostou da forma como a sua equipa entrou em campo: «No início estivemos bem mas não fizemos o golo. Alguns jogadores perderam frescura o adversário aproveitou, marcou e ganhou confiança».

Vercauteren revelou que irá aproveitar o facto de não jogar os próximos 10 dias para tentar melhorar a equipa: «Temos algum tempo para preparar a equipa a todos os níveis e recuperar os jogadores lesionados».

in A Bola

Sporting empata frente ao Moirerense em nova exibição desastrosa

Um ponto em forma de passo, trémulo e indeciso.
Pior do que começar mal é não começar. Ficar preso em ponto morto, os pneus a patinar e os outros a ir embora. O passo em Moreira de Cónegos, trémulo mas em frente, pode significar isto mesmo. Um arranque lento, tardio, cheio de dúvidas, mas ainda assim um arranque. 

É indiscutível que um empate está longe de corresponder aos anseios e necessidades de um clube gigantesco como é o Sporting. Seria como convir que uma aspirina é capaz de ser a cura para as mais repulsivas doenças que grassam no mundo. 

A igualdade terá, porém, uma leitura mais abrangente. Principalmente por ter sido obtida após o Moreirense desperdiçar uma vantagem de dois golos. 

Os leões bateram com estrondo no fundo do poço, sustiveram a respiração por vários minutos, chegaram a ser dados como mortos e, num surpreendente reacender de alma, foram buscar um ponto escanzelado, embora capaz de alimentar a esperança, que tão frágil anda. 

FICHA DE JOGO e o AO MINUTO

Na classificação geral o resultado não traz efeitos práticos e imediatos. Pode ser um lenitivo interessante, um princípio de recuperação, ou uma mera camuflagem, estilo placebo, ideal para indicar pistas traiçoeiras e ignorar o que realmente interessa.

Seja como for, o jogo de Moreira de Cónegos foi um espetáculo intenso, explosivo, emocionante, cheio de diferentes momentos de domínio e com um final de loucos, esquizofrénico: Carrillo e Rinaudo falharam o terceiro dos leões, Fábio Espinho fez precisamente o mesmo na baliza oposta. 

O Moreirense precisava também da vitória e teve-a servida numa bandeja de prata. Por Xandão e restantes compinchas. Sobreviveu a 15/20 minutos bons dos leões, tomou conta da ocorrência e entre os minutos 40 e 45 fez dois golos. 

Os Destaques do jogo em Moreira de Cónegos

Pablo Olivera, o uruguaio que infernizou o planeta-Sporting na Taça de Portugal, voltou a marcar e a deixar Rui Patrício de cabelos em pé; Ghilas, logo a seguir, atirou de primeira a bola para a baliza e reacendeu os medos, a vergonha e a irresponsabilidade do Sporting. 

Os dois lances refletem as limitações horríveis que esta equipa, agora de Vercauteren, tem a defender. Dois cruzamentos de Paulinho, lateral do Moreirense, duas abordagens incorretas (quase amadoras) e dois golos minhotos. A movimentação de Xandão no segundo, por exemplo, é inacreditável, de tão errada. 

O Sporting foi e veio do intervalo vestido de ar fúnebre e olhar de quem vai a enterrar. Rinaudo já jogava em vez do lesionado Schaars, mas pouco mudava. O futebol é, porém, um jogo dado a surpresas e seria precisamente Xandão a fazer de cabeça o primeiro golo dos leões.

O impulso foi bem aproveitado por Eric Dier, que logo a seguir empatou a contenda. O Moreirense descarrilou por minutos, esteve à vista o terceiro do Sporting, mas esta equipa não parece fadada para contos heroicos e relatos de sonho. 

O empate haveria mesmo de subsistir até ao fim e o ponto não serve de muito para os dois lados. O Moreirense não ganha desde agosto, os leões fizeram-no por uma vez nos últimos dez jogos. 

O inferno tem de ser isto: chamares-te Sporting e o teu nome servir-te de pouco, apesar do passo em frente no Minho. Trémulo e vagaroso. 

in Mais Futebol

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

James: "O Porto está aqui para ser Campeão."

O internacional colombiano, que abriu caminho à vitória (2-0) do FC Porto no Estádio AXA, afirma que o triunfo sobre o SC Braga foi uma demonstração da capacidade da equipa para continuar na luta pelo título.
«Estou feliz com o golo. Já marquei oito golos esta época, este foi importante. O FC Porto está aqui para ser campeão. Sabíamos que o SC Braga é uma grande equipa mas conseguimos um bom resultado que nos mantém na luta. Estamos num bom momento, vamos passo a passo, sabemos que é difícil mas somos uma equipa unida», disse James Rodriguez à Sport TV no final da partida.

in A Bola

FC Porto resolve partida frente ao Sp. Braga perto dos 90minutos

Vira minhoto cedeu à cumbia.
O vira minhoto, a dança que ameaçava, uma vez mais, deixar o F.C. Porto sem o sorriso no rosto, cedeu à cumbia. Nos últimos passos, a cultura colombiana demonstrou a sua relação próxima com a felicidade. Golos de James Rodriguez e Jackson Matínez ao cair do pano (0-2).

Benfica alcançado e, de novo, vantagem no goal average para os dragões.

Na mesma região em que o F.C. Porto perdeu os únicos pontos, o Sp. Braga esteve a minutos de repetir a façanha do Gil Vicente: deixar a equipa de Vítor Pereira a zero. 

Mas Douglão, que enchera o campo até então, foi infeliz no desvio após remate de James. Jackson, pouco depois, aproveitou um corte defeituoso de Salino para se manter no topo da lista de goleadores. 

Jorge Jesus levantou a ponta do véu e terá pensado nos números. Ora historicamente, o Benfica tem mais vitórias em Braga que o próprio F.C. Porto. Contudo, nos últimos dez anos, os dragões continuaram a impor-se no Minho enquanto os encarnados sentiram enormes dificuldades.

De facto, olhar para o crescente poder do Sp. Braga e compará-lo com os resultados nas receções ao F.C. Porto permitiria concordar com a tese de Jesus, sem que essa significasse mais que isso: felicidade portista no AXA.

O momento das duas equipas reforçava esse pressentimento. E o início do encontro, então, parecia uma evidência gritante dessa realidade. Anunciava-se um triunfo azul e branco. Entrada fortíssima da equipa de Vítor Pereira, no regresso de Alex Sandro e Fernando ao onze, com Mangala a derivar para o centro.

Otamendi com sede de baliza

Seria Otamendi (grande jogo), ele que já marcara ali, a estar perto do golo em dois lances consecutivos. Primeiro, cabeceou ao poste. Logo depois, isolado por Lucho González, atirou de primeira ao lado. Com a bola quase sempre em seu poder, o F.C. Porto impunha-se a toda a largura do terreno.

Na ressaca do pesadelo de Cluj, José Peseiro trocara apenas Ruben Amorim por Mossoró. As dúvidas em torno da qualidade defensiva do Sp. Braga mantinham-se. 

Após quinze minutos de sentido único, o clássico nortenho foi parar ao micro-ondas. Aqueceu num ápice, como refeição rápida, com intensidade crescente e todos os condimentos de um repasto ao melhor estilo português.

Houve de tudo nessa meia-hora. Antes de mais, uma grande penalidade por marcar a favor do Sp. Braga. A razão parece estar do lado de Alan. Na sequência de um cruzamento de Ruben Micael, o extremo fez o remate e viu Alex Sandro, de lado mas com o braço aberto, desviar a bola com o cotovelo.

O jogo seguiu. Márcio Mossoró, o suplente que menos justifica esse estatuto no plantel arsenalista, surgiu à entrada da área para um disparo que Helton sentiu dificuldades em travar. Pouco depois, Nuno André Coelho e Hugo Viana em lances de bola parada. O F.C. Porto sentia o perigo.

O intervalo aproximava-se já sem aquela noção clara de domínio azul e branco. Sobrava tempo para desacatos na bancada destinada aos dragões (é difícil perceber tamanha necessidade de criar problemas com a polícia) e até um desentendimento junto ao banco onde estava Vítor Pereira. Algumas palavras fortes, empurrões ligeiros e um dedo indicador de Hugo Viana.

A sorte dá trabalho mas aparece

O descanso foi bom conselheiro. Pelo menos, para quem aprecia a paz e não se importa que isso redunde em tédio. Tédio não será a palavra certa, embora pouco ou nada tenha acontecido de verdadeiramente entusiasmante até à dança das substituições.

Éder reclamou o estatuto de exceção. Pediu um penalty mas foi traído pela sua mão na bola, segundos antes e ficou a queixar-se sem grande repercussão num lance em que Lucho González se colocou no seu caminho, na esquina da área. Tremenda atividade para quem esteve em dúvida até à véspera do encontro. 

O nulo seria desfeito, de qualquer forma, ao som da cumbia, com tentos de James e Jackson. Como diria Vítor Pereira, a sorte dá trabalho. Mas esteve presente e fez-se sentir, claramente.

in Mais Futebol

domingo, 25 de novembro de 2012

Sebastian Vettel Tricampeão do Mundo de Fórmula 1 no Brasil

Sebastian Vettel, da Red Bull Renault, sagrou-se este domingo, no circuito de Interlagos, Brasil, tricampeão do Mundo de Fórmula 1, entrando para a história como o piloto mais novo — tem 25 anos — a consegui-lo.

O alemão, que partia com uma vantagem de 13 pontos sobre Fernando Alonso, em Ferrari, terminou na 6.ª posição, o espanhol acabou no 2.º lugar, insuficiente para anular aquele fosso pontual.

Jensen Button, em McLaren, foi o vencedor do Grande Prémio, cuja última volta foi neutralizada pelo safety car.

Foi, no entanto, um final de corrida emocionante. A oito voltas do fim, Massa cedeu a segunda posição a Alonso e o espanhol ficou a apenas um ponto de Vettel, que seguia, então, na 7.ª posição.

Era preciso que o piloto da Ferrari conseguisse chegar à liderança, mas Jensen Button, da McLaren, seguia com uma vantagem de 21 segundos.

Tal não aconteceu e Vettel também não cedeu, ele que, depois de partir na quarta posição da grelha de partida, sofreu um toque de Bruno Senna ainda na primeira volta fazendo um peão e caindo para a última posição.

Um susto, apenas, com o alemão a galgar depois posições, sempre sem arriscar muito para segurar o seu terceiro título mundial consecutivo com uma vantagem de três pontos sobre o seu adversário direto.

O alemão bateu assim um dos últimos recordes de Ayrton Senna que com 31 anos e sete meses conquistou seu terceiro título mundial no Grande Prémio do Japão, em 1991.


in A Bola

Benfica consegue vitória fácil frente ao Olhanense

Mudar o chip e cumprir os mínimos.

Mudar o chip. Do Celtic para o Olhanense, mas com o mesmo objetivo: vencer. O Benfica cumpriu a missão sem grande esforço (2-0) e virou a jogada para a outra metade do tabuleiro de xadrez que vai ser a luta pelo título. A pressão vira a norte.

A novidade foi Carlos Martins. Recuperado, o médio entrou diretamente para o onze, a fim de organizar o ataque e tomar conta das bolas paradas. Claro que Maxi recuperou o lugar, depois de o ter cedido por um jogo a André Almeida, e Rodrigo voltou a trocar com Lima, mas a chamada do internacional português foi a que maior mudanças provocou na equipa, habituada a um estilo de comando diferente no miolo, protagonizado por Enzo Pérez. A energia de Martins voltou a destacar-se e, sobretudo, os cantos e livres tiveram muito perigo, dando a ideia que enquanto esteve em campo o brilho foi quase sempre dele. Dele, mas também de Maxi, que sofreu o penalty de Vasco Fernandes, e de Cardozo, que o aproveitou para chegar ao sétimo golo na Liga.

O Olhanense apresentou-se encolhido na Luz. O melhor que conseguiu resultou de cruzamentos de longe para a área ou de livres laterais. A partida tornou-se, desde o segundo minuto, quando Salvio obrigou Bracali à primeira de muitas defesas, de sentido único. Os encarnados nunca tiveram de acelerar muito. Moídos por 90 minutos de alta intensidade há poucos dias frente ao Celtic, os homens de Jorge Jesus pareceram pouco dispostos a grandes correrias. A não ser se tivesse mesmo de ser.

O pecado de Vasco Fernandes

Até ao minuto 26, altura em que Vasco Fernandes agarrou Maxi sem grande pudor na sua área e desequilibrou em definitivo o encontro para os da casa, Bracali foi dando conta do recado. E quando não era o guarda-redes, parecia que a defesa estava a conseguir aguentar, com maior ou menor dificuldade, o ataque rival. Na melhor jogada de toda a partida (minuto 19), foi Nuno Reis quem se colocou à frente do remate de Ola John, depois de a bola ter passado por Carlos Martins, Salvio e Maxi Pereira antes de chegar ao holandês.

Até ao agarrão fatídico então, os algarvios pareciam estar a conseguir baixar a frequência de ataques dos locais, aproveitando o cansaço e talvez uma noite de menor inspiração. E depois também, até ao intervalo, pouco mudou.

A segunda parte começou com mais Olhanense, e com uma defesa importante de Artur logo aos 48 minutos a remate de Abdi. A jogada serviu de aviso ao Benfica, que voltou a tomar de assalto a baliza de Bracali (embora, como já se disse, a equipa não estivesse para grandes correrias). Em dois minutos, os encarnados podiam ter resolvido a questão. Aos 59, Martins lançou Melgarejo pela esquerda, que quis oferecer o golo a Cardozo. O que se passou daí até ao remate desviado (por um rival) de Salvio foi uma confusão enorme com Cardozo e vários defesas pelo meio. Na sequência do canto, Martins colocou a bola em Garay, que cabeceou para excelente defesa de Bracali. Estava, no entanto, escrita a fórmula com que o Benfica iria chegar à tranquilidade.

Luisão atira para a tranquilidade

Jesus não estava também satisfeito com o resultado perigoso e sobretudo com a forma como a equipa não estava a conseguir desenhar ataques. Trocou Rodrigo (longe do jogador entusiasmante que já foi) por Lima e devolveu a Pérez a posição 8, fazendo descansar Martins. Foi dos pés do argentino, aos 72 minutos, que nasceu o 2-0, num pontapé de canto, e morreu na cabeça de Luisão, de cima para baixo, para as redes.

O Olhanense estava batido, a única curiosidade era saber o quanto estariam os encarnados interessados em marcar mais golos. Cardozo, Salvio (confirmando a sua noite menos feliz) e Lima ainda ameaçaram o 3-0, mas o resultado ficou mesmo assim.

Os serviços mínimos garantem o primeiro lugar provisório e o aumento de pressão sobre o FC Porto, que visita Braga. A gestão dos jogadores também foi (bem) conseguida. E Carlos Martins de volta é sempre boa notícia. 

 

in Mais Futebol

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Vítor Pereira de olho em Vrsaljko, jogador do Dínamo Zagreb

Chama-se Sime Vrsaljko, é lateral direito do Dínamo Zagreb e está a ser acompanhado por Vítor Pereira com vista à sua eventual contratação por parte do FC Porto. Os rumores já corriam na Croácia nos últimos dias e acentuaram-se no final do jogo de anteontem, devido a uma pública aproximação do treinador ao jogador, em pleno relvado, logo após o último apito do árbitro no Estádio do Dragão.

Vítor Pereira saiu do banco e, depois de cumprimentar alguns dos seus jogadores, dirigiu-se ao lateral do Dínamo Zagreb e conversou com ele alguns segundos. O que foi dito só eles saberão, mas as expressões captadas pelo repórter fotográfico de A BOLA dão claramente a entender que o técnico informou Vrsaljko que gostou do que viu no Dragão (e talvez em Zagreb) e que está a observá-lo.

A reação do jogador também foi evidente: alguma surpresa pela abordagem e um sinal de satisfação na despedida.
in A Bola

Liga Europa: Sporting eliminado com muita culpa própria

Com mais um jogador, o leão quase era goleado. Sai da Liga Europa corado de vergonha.


O Sporting despediu-se da Liga Europa num jogo em que fez mais contas do que justificou as expetativas de um possível milagre: a formação leonina entrou em campo a pensar que precisava de vencer e ao mesmo tempo que o Videoton não ganhasse. Ora o Videoton perdeu em casa.

E o Sporting, o que fez? Perdeu em Basileia. Mais do que isso: perdeu copiosamente em Basileia. Perdeu por 3-0 num jogo em que esteve meia hora com mais um jogador. Se isto não é a suprema humilhação, então é melhor que definam rapidamente o que será isso. Porque visto de fora, parece.

Mas parece mais. Parece por exemplo que é difícil encontrar um raciocínio que defina o problema: é demasiado mau para se adivinhar uma solução. O Sporting passou a primeira parte sem conseguir sair para o ataque e permitiu ao adversário fazer dois golos com dez jogadores no segundo tempo.

Confira a ficha do jogo

Curiosamente os dois primeiros golos surgiram de cortes mal feitos por jogadores leoninos dentro da área, o primeiro através de Xandão e o segundo por Cedric: colocaram a bola nos pés de Schar e Stocker, que então definiram o jogo. O segundo golo, sobretudo esse, significou o fim leonino.

Rui Patrício, de resto, voltou a ser o melhor da equipa, ele que fez três ou quatro defesas que foram mantendo o Sporting no jogo até aos vinte minutos finais. O guarda-redes parou dois remates de David Degen e saiu aos pés de Alexander Frei a roubar-lhe o que seria na altura o segundo golo.

O resto do tempo, sobretudo da primeira parte, foi muito Basileia, forte na pressão, aumentando a intranquilidade leonina a cada saída mal conseguida para o ataque. O Sporting começou por dar a bola ao adversário e apostar no contra-ataque, mas o futebol não tinha profundidade ofensiva.

Veja como estão as contas do Grupo G

Na segunda parte as coisas mudaram, é verdade. Só podiam mudar. Era preciso vencer para evitar a eliminação imediata e a equipa assumiu mais o jogo. Mesmo assim sem ameaçar mais o golo do que o fazia o Basileia no tempo inferior de posse de bola. Houve vontade, lá está, mas faltou talento.

Bem vistas as coisas, o Sporting só por três vezes criou perigo: Van Wolfswinkel recebeu um passe mal medido de Schar, isolou-se e rematou para defesa de Yann Sommer, Elias recebeu de Labyad e rematou por cima da barra e, já nos descontos, Carrillo rematou para nova defesa de Sommer.

O Basileia, esse, fez três golos e ameaçou a goleada. Mesmo nos minutos finais, aliás, por duas vezes ficou perto do quarto golo: Fabian Frei, por exemplo, chegou a levar a bola a beijar a trave. O Sporting saiu portanto da Liga Europa com a cara vermelha de vergonha. Foi mau de mais.

Soma dois pontos ao fim de cinco jogos e oito golos sofridos em três jogos fora de casa. Viveu aliás as deslocações no limite de uma goleada. Chega à última jornada com apenas dois golos marcados. Num grupo acessível e que ofereceu repetidas hipóteses de correção, foi eliminado copiosamente.

E deixa uma equipa como o Videoton na luta pelo apuramento.

in Mais Futebol

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Liga Europa: Vercauteren quer atacar e defender com os onze titulares

O treinador do Sporting não desvendou a tática que irá apresentar amanhã frente ao Basileia mas vincou que terá toda a equipa empenhada em atacar e defender, sustentando que até o guarda-redes pode fazer assistências.

«Vamos jogar com onze pontas de lança e onze defesas. Importante para mim não é tática, é a dinâmica. Todos podem atacar e defender, até o guarda-redes pode fazer assistências. Vamos tentar colocar toda a gente possível perto da nossa área para não sofrer», disse Franky Vercauteren em conferência de Imprensa, admitindo que a equipa pode mudar de tática durante o jogo.

O treinador belga não duvida da capacidade da equipa e acredita que o Sporting pode sair da Suíça com um bom resultado: «Se duvidasse da capacidade de vencer estaria a duvidar da equipa. Não falo da classificação, de resultados... temos qualidade.»

Vercauteren disse ainda que a pausa de duas semanas nas competições foi boa para preparar a equipa: «Temos muito trabalho, trabalhámos fisicamente, conversámos com jogadores... Dá para recuperar lesionados, na maior parte das vezes é bom, para conseguir maior equilíbrio. A coisa má é não haver jogo e a concentração cai. Esquecem-se de que há pressão, temos de aumentá-la. Há o Basileia e temos de ir prontos, tudo junto foi muito positivo. A perfeição não existe, há ainda muito trabalho.»

in A Bola

Champions: FC Porto imbatível acaba em 1º do grupo

Concentração na estrada dos milhões.
150 vitórias na Europa, 100º triunfo como visitado, o F.C. Porto irredutível na fase de grupos da Liga dos Campeões. 13 pontos, liderança conservada numa noite de condução segura, avessa a obstáculos. Golos de Lucho, Moutinho e Varela (3-0)

«Depois do jogo, a caminho de casa, talvez comece a pensar no Braga». Vítor Pereira ao volante, pensando em outra coisa qualquer. Um erro comum, um sinal de alerta em todos os manuais de segurança rodoviária. A palavra não pode ser levada à letra.

Aliás, o grande mérito de Vítor Pereira é manter a concentração na estrada. Perceber que aquela via aberta, uma autêntica autoestrada com segurança garantida, um único carro em sentido contrário quase na linha do horizonte, era ainda assim sinónimo de perigo.

Liga-se o autorrádio, olha-se para o telemóvel, pensa-se no próximo dia de trabalho, no que há para fazer em casa. Em tudo, menos na tarefa em mãos: a condução segura. O essencial até aí, em chegar sem complicações ao destino, porque tudo o resto se esgota nesse princípio.

Surge um obstáculo no meio do caminho, vindo do nada, aquele condutor aparentemente inofensivo revela-se um perigo, sai da faixa contra as expectativas e o condutor perde o controlo. O Dínamo de Zagreb, sem pontos nem golos na Champions, era a tal via aberta. Vítor Pereira desconfiou.

Demasiado para um mero obstáculo

O Dínamo de Zagreb é daqueles que não fazem mal a uma mosca. Parece. Mas não é que, no tal cenário de aparente controlo e resolução fácil, os croatas despertaram para uma bola nos ferros e um golo que só Varela evitou em cima da linha? Demasiado para um mero obstáculo de circunstância.

Segue-se um percurso sinuoso até Braga, um adversário ainda abalado pelo choque frontal no nevoeiro da Transilvânia. Sobrará tempo para preparar essa etapa, agora com o regresso de Fernando e Alex Sandro do lote de opções, eles que não destronaram Mangala e Defour mas entraram em campo para meia hora de competição.

A engrenagem portista funcionou com as peças normais, sem falta de óleo, com estabilidade nos eixos. Faltou apenas maior aderência a um tapete desgastado, o tapete do Dragão que será substituído já nesta quinta-feira, após um evidente período de perda de qualidade.

Pelo centro da faixa de rodagem, onde o F.C. Porto carbura com especial qualidade, chegariam os golos que asseguram o primeiro lugar do Grupo A, imune à vitória do Paris Saint-Germain na Ucrânia.

Motores na potência máxima

Ao 20º minuto de jogo, João Moutinho criou, Jackson serviu de entreposto e a bola só parou no coração da área. Lucho, que parece jogar numa velocidade própria, avesso a qualquer tipo de pressão, acreditou no seu pé esquerdo, pensou, executou, marcou. Quinto golo da temporada para El Comandante.

Antes e depois, os tais laivos do Dínamo de Zagreb, a equipa mais modesta da Liga dos Campeões mas, ainda assim, respeitável. Fez-se respeitar, aliás, num remate ao poste do criativo Sammir, para além do desenho de golo de Beqiraj, já perto do intervalo, que Varela riscou do mapa.

João Moutinho afastaria qualquer sensação de dúvida ao minuto 67, numa segunda parte sem sobressaltos para o F.C. Porto. O médio, a atravessar um momento de inspiração ofensiva, executou na perfeição um livre direto. Varela fecharia as contas na reta final. 

Números contra a normalidade

Vítor Pereira não pensa no dinheiro mas os dragões garantem mais um milhão, chegam à importante soma de 16,6 milhões na liga milionária. Mais que isso, igualam as três vitórias em casa de 1999/2000, com Fernando Santos.

O F.C. Porto chega aos 13 pontos, como o seu treinador desejada, pensando em alcançar os 16 de 1996/97, quando Fernando Santos só perdeu pontos para o AC Milan.

A anormalidade da época passada faz Vítor Pereira ansiar por algo mais que o simples apuramento para a próxima fase. O técnico quer outro tipo de anormalidade, desta vez num registo positivo.

in Mais Futebol

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vítor Pereira não se considera o treinador do momento mas continua ambisioso na Champions

O treinador do FC Porto recusou, na conferência de antevisão ao jogo de amanhã frente ao Dínamo de Zagreb, assumir-se como favorito ao triunfo, apesar de liderar o grupo e do adversário ainda anão ter somado qualquer ponto.

«Isso do favoritismo é uma falsa questão. Sabemos bem das dificuldades que vamos sentir, num jogo que é determinante para os nossos objetivos, que passam por ficar no primeiro lugar. É isso que queremos. Por isso não vão existir facilitismos, vamos entrar com a guarda bem alta», afirmou Vítor Pereira, depois do treino matinal, realizado no relvado do Dragão.

E se não é o mau momento do adversário que leva o treinador dos portistas a pensar em facilidades, o bom momento que a formação azul-e-branca atravessa também não leva a euforias

«Se me sinto o treinador do momento? Não, sinto-me é como um treinador que trabalha todos os dias para evoluir e sinto-me igual ao treinador que era há um ano. Tenho noção que temos de trabalhar muito para dar resposta a estes desafios. Agora, por outro lado, a equipa em si quer continuar a fazer parte do grupo que soma 13 pontos, queremos continuar nesse estrito grupo e vamos trabalhar para manter esse nível. Queremos o primeiro lugar, como já disse», concluiu.
in A Bola

Champions: Benfica em grande forma vence Celtic de Glasgow

O futebol às vezes é tão justo!
Missão cumprida! O Benfica venceu (e venceu bem), garantiu pelo menos o terceiro lugar e a verdade, por muito que pareça quase impossível, é que continua a depender de si seguir em frente. Não ficaram dúvidas na Luz sobre a qualidade das duas equipas nem sobre o talento individual dos jogadores encarnados, mas a verdade é que o empate em Glasgow e a derrota em Moscovo ainda colocam o conjunto de Jorge Jesus em dificuldades no apuramento.

Boa entrada, o pontapé de canto do costume e mais um grego feliz na Luz, com vista grossa de Viktor Kassai pelo meio, e o regresso do sofrimento até Luisão assistir Garay para o golo do triunfo. O Celtic esteve sempre focado nas compensações, tentando evitar desequilíbrios no seu meio-campo, esperançado num golpe de génio de Samaras, ou de uma bola perdida na desconcentração da defesa encarnada. Só que desta vez os deuses foram justos.

As contas eram simples. A vitória deixava tudo aberto para a última jornada, em Camp Nou e Celtic Park. O empate a zero era mau, obrigava a contas complicadas de se fazer devido ao valor das equipas; uma igualdade com golos ou a derrota apurava imediatamente os escoceses. 

Jesus manteve-se fiel às suas ideias, desenhadas na conferência de imprensa do dia anterior. Apostou em duas duplas de sucesso, Luisão-Garay e Lima-Cardozo, mas deixou André Almeida no lado direito da defesa, apesar de ter Maxi Pereira. Do outro lado, Lennon usou o «four-four-two» habitual com Samaras e Hooper na frente.

Salvio no início de quase tudo

O Benfica chegou ao golo aos sete minutos, libertando em cedo toda a ansiedade. Salvio, que esteve em quase todas as jogadas perigosas da equipa de Jorge Jesus, insistiu sobre uma bola que parecia perdida, arriscou o cruzamento e, apesar de Cardozo estar bem vigiado por Brown, o escocês tocou-a para a frente onde estava Ola John. O holandês rematou forte e Forster, que tantos milagres fez em Glasgow frente ao Barcelona, foi batido.

Aos 30 minutos, Cardozo teve nos pés o 2-0. Salvio a ganhar a bola duas vezes a adversários e, em zona frontal, a ter o discernimento ainda para um passe de morte para o paraguaio, que reagiu bem mas com pontaria um pouco desafinada, acertando nas malhas laterais.

Dois minutos depois, os escoceses festejaram um canto como se golo fosse. E tinham razão. Na mesma baliza onde Charisteas acabou com os sonhos do título europeu português, Samaras fez o empate. Pelo meio, Artur bem ergueu os braços, a protestar uma obstrução evidente, que tinha tornado, centésimos antes, o golo ilegal.

E, finalmente, acaba-se a resistência

Os jogadores do Benfica demoraram a reagir, ainda chocados por aquele erro de principiante de Viktor Kassai (exibição muito instável), mas quando respiraram fundo encostaram os escoceses bem lá atrás. O jogo pedia um golo antes do intervalo e Ola John esteve quase a fazer-lhe a vontade. Salvio novamente no início de tudo, com Lima a não chegar e Forster a negar com o corpo o bis ao rival.

A pressão intensificou-se, como seria de esperar, no segundo tempo. As jogadas de perigo sucediam-se. Matthews fez de Forster aos 53 minutos sobre a linha, após jogada enorme de Lima. Luisão atirou por cima aos 59. Salvio não chegou em zona frontal a um bom cruzamento da esquerda de Lima aos 70. E, adivinhava-se, o golo. Aos 71, quando Salvio trocava de caneleira - só assim pôde ficar de fora da jogada -, Matic cruzou para a área. Luisão ganhou às torres escoceses e colocou-a em Garay para o 2-1.

Sem conseguir matar o jogo, com Salvio a acertar na trave (80) e Cardozo a obrigar Forster às duas defesas da noite num livre direto (84) e numa jogada de génio já perto do fim (89), o Benfica correu riscos e teve de sofrer nos minutos finais para levar a decisão para a última jornada. Para já, segue com os mínimos garantidos: a Liga Europa já ninguém lhe tira.

in Mais Futebol

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Félix da Costa vence Taça Intercontinental em Fórmula 3

O português António Félix da Costa (Dallara/Volkswagen) venceu este domingo a Taça Intercontinental da FIA no Grande Prémio de Macau em Fórmula 3, tornando-se o segundo português a vencer uma prova, depois de André Couto, então em representação de Macau.

Largando do primeiro lugar da grelha, depois de na véspera ter sido o mais rápido na corrida qualificativa, Félix da Costa não arrancou bem, tendo caído ao terceiro lugar, mas na travagem à chegada ao hotel Lisboa, no final da zona rápida da pista, recuperou o primeiro lugar que não largou mais.

Ainda foi pressionado pelo sueco Félix Rosenqvist (Dallara Mercedes), mas resistiu sempre às investidas do adversário, até que foram lançadas bandeiras amarelas devido a um acidente na reta da meta quando os pilotos iniciavam a 14.ª volta..

in A Bola

Taça Portugal: FC Porto foi à Madeira vencer o Nacional por 3 bolas a 0

Um dragão q.b. para manter a liderança.
O F.C. Porto continua a dar-se bem na Choupana e voltou a confirmar a tradição, segurando a liderança isolada na Liga. Os dragões, que apenas perderam uma vez no terreno do Nacional, marcaram primeiro, com alguma felicidade, e já em tempo de descontos carimbaram uma vitória sofrida, diante de um Nacional que deu boa réplica e não merecia castigo tão pesado.

Confira as notas dos jogadores

Pedro Caixinha surpreendeu ao lançar um 4x1x3x2, com Pecnik como homem mais avançado. Este esquema surpreendeu um pouco os homens de Vítor Pereira, com a defesa a demorar um pouco a acertar as agulhas num onze portista em que Maicon retomava a posição de lateral direito.

Os locais estiveram perto de marcar logo aos 3 minutos, mas Pecnik, bem isolado pela simulação de Rondon, não conseguiu bater Helton, que defendeu bem para canto. Um bom lance, a que faltou o golo, dando o sinal das dificuldades que esperavam o líder.

Por volta dos 15 minutos os dragões acertaram as marcações e Lucho e Janko tiveram as primeiras ocasiões para incomodar Vladan. E, aos 21 minutos, num lance infeliz de Moreno, os portistas chegam ao golo. O médio nacionalista chutou contra Alvaro Pereira e, no ressalto, a bola caiu nos pés de Janko que estava sozinho na área nacionalista e facilmente bateu Vladan.

A turma alvinegra reagiu bem a este lance infeliz. Candeias e Rondon obrigaram Helton a mostrar serviço. No entanto, seria Rolando a desperdiçar o 2-0, ainda antes do intervalo, quando após um libvre lateral ficou sozinho e rematou de bicicleta por cima da barra.

O jogo ganhou velocidade e Mateus e Rodriguez, com bons trabalhos individuais ainda estiveram perto de marcar, mas os remates saíram ao lado. Xista não deu tempo de descontos e o intervalo chegou com o Porto com uma vantagem, que se aceitava pelo que tinha feito a partir do golo.

Nacional domina, portistas acertam na barra

Sem mexidas nos onzes, seria o F.C. Porto a começar melhor: Janko, aos 47 minutos, viu Vladan sair bem aos seus pés e negar-lhe o golo, defendendo para canto. Pouco depois, Caixinha retirou Pecnik e lançou Mihelic, avançando Rondon para ponta-de-lança. 

A equipa respondeu bem à mexida. Mateus, em mais um lance de contra-ataque, e com bom trabalho individual, tentou a sua sorte mas o remate saiu à figura de Helton. O mesmo jogador, num cruzamento rasteiro voltou a encontrar a oposição do guarda-redes portista.

O encontro entrou numa toada mais desinteressante e só aos 69 minutos, Mateus voltou a colocar à prova Helton. O guarda-redes voltou a dizer presente, com mais uma defesa. No lance seguinte, Mário Rondon num bom lance individual viu Moutinho surgir em apoio à sua defesa e travar o seu remate na hora certa.

O Nacional cresceu e aos 75 minutos, Mateus em boa posição rematou mal permitindo uma defesa fácil a Heldon, quando odia e devia fazer melhor. James desapareceu da partida e disso se ressentiu o FC Porto. Vítor Pereira via a sua equipa a abrandar muito e lançou sangue novo: Mangala e Alex Sandro.

Num lance de bola parada, Rolando primeiro e Maicon depois, acertaram na barra da baliza de Vladan perdendo o 2-0. Sem pouco ou nada fazer para tal, o F.C. Porto quase matava o jogo. Foi o que aconteceu nos descontos, já depois de Mateus voltar a ver Helton defender um seu remate aos 89 minutos. Já ao cair do pano, num lance de contra-ataque após um primeiro remate de James que Vladan ainda parou, Alex Sandro fez o segundo golo da sua equipa, prémio excessivo para o líder e castigo demasiado pesado para o Nacional.

Mais Futebol

Taça Portugal: Vitória justa do Benfica por 2-0 sobre o Moreirense

Entrar e sair por cima.
Vitória justa do Benfica em Moreira de Cónegos, perante um adversário com despertar tardio. Gestão de esforços do lado encarnado, entrada forte e capacidade de sofrimento na fase de resposta do Moreirense. Golos de Matic e Cardozo num jogo à média luz.

Jorge Jesus regressou ao local onde sofreu o último grande desgosto na sua carreira de treinador. Em 2004/05, o atual timoneiro do Benfica não conseguiu evitar a descida de divisão do Moreirense, depois de ter pegado na equipa no último terço da época.

Seguiu-se uma progressão contínua, da U. Leiria para o Belenenses, do Belenenses para o Sp. Braga, daí para o Benfica. Pelo caminho, foi conquistando alguns títulos sem garantindo algo que lhe daria uma especial satisfação: chegar à final da Taça de Portugal. O sonho continua vivo.

O consagrado e a expectativa

No regresso a Moreira de Cónegos, Jorge Jesus manteve a ambição possível face a um punhado de ausências. Luisão e Luisinho eram o nítido contraste entre a certeza e a expectativa. O brasileiro recuperou a braçadeira, regressou à competição após dois meses de castigo, e viu o português provar novamente que tem qualidade para mais. 

A atacar, Luisinho formou uma dupla particularmente ativa com Nolito. Aliás, o Benfica inclinou-se para a canhota durante grande parte do encontro, até por culpa de Bruno César. Colocado ao centro, o esquerdino virava-se naturalmente para o lado mais forte e carrilava jogo por aí.

Ora Luisinho e Bruno César não tiveram uma noite tranquila. O primeiro teve de ouvir uma reprimenda do treinador em cima do intervalo, numa interrupção de jogo. Fez uma boa primeira parte, quebrou na segunda. O brasileiro foi um alvo maior para os adeptos, irritados com um par de passes mal medidos. Recompôs-se.

Pressão alta desde o primeiro minuto

No meio de tudo isto, o Moreirense fazia pela vida sem respeitar os seus princípios mais atraentes. Jorge Casquilha, que lograra eliminar o Sporting na eliminatória anterior, preparou três centrais para garantir superioridade numérica perante os dois avançados do Benfica. Com isso, recuou a equipa e aceitou uma pose de sofrimento.

Assim foi. Ao minuto 39, quando Ghilas ensaiou um pontapé de bicicleta, Paulo Lopes estranhou. Foi o único remate do Moreirense na primeira parte, muito pouco.

O Benfica, com muita bola e enorme oposição nos últimos 20 metros, manteve um ritmo elevado e deixou no ar a sensação de um golo a qualquer momentos. Luisinho caiu em dois lances na área do Moreirense, Bruno César foi punido por pretensa simulação e Lima viu um tento seu anulado por fora-de-jogo, aqui com a razão do lado de Duarte Gomes.

Faltava maior discernimento encarnado no momento de decisão. Com caminhos tapados pelo chão, de bola corrida, a equipa da Luz chegaria à vantagem num pontapé de canto, graças a um pontapé violento de Matic que encaminhou a bola para a baliza. Anilton desviou sem conseguiu impedir o golo.

Foram-se os medos e a luz

Com uma hora de jogo, o Moreirense viu ruir uma estratégia que ia resultando sem ser agradável à vista, sem entusiasmar os seis mil adeptos que encheram o seu recinto.

Casquilha correu contra o tempo e o Benfica passou a ter um adversário ambicioso. Em dez minutos, fez mais do que até então. As substituições permitiram um regresso dos locais à sua normalidade, com futebol colorido, tração à frente.

Ghilas ficou muito perto do golo, num lance de cabeça, e Filipe Gonçalves marcou mesmo. Contudo, o médio estava em posição irregular. Pablo ainda obrigou Paulo Lopes a defesa apertada. 

Jorge Jesus, que apostara numa entrada forte, procurou gerir o esforço de unidades mais desgastadas. Ao minuto 79, mais uma quebra de eletricidade a beliscar a imagem do futebol português. A coisa resolveu-se, o jogo recomeçou e o Benfica logrou até alargar a vantagem. Lance de Gaitán, golo de Cardozo.

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